Humberto: Congresso deve participar do ajusteO líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), informou na tarde desta terça-feira (10) que está próximo um acordo entre o Parlamento e o governo em torno dos percentuais que serão usados para reajustar a Tabela do Imposto de Renda ao longo deste ano. O fato de o governo acenar com a avaliação de uma proposta feita pelo Congresso tem um simbolismo importante, na avaliação do líder, por refletir o pensamento da maioria. “Além de ser uma conquista para a população, o simbolismo está no entendimento do Poder Executivo com o Poder Legislativo num momento extremamente necessário para o País”, ponderou Humberto.
Nesta quarta-feira (11), o Congresso Nacional se reúne para votar os vetos presidenciais, entre eles o do reajuste da tabela do IR aprovado no final do ano passado em 6,5%, mas que foi vetado pela presidenta Dilma Rousseff ante o percentual de 4,5% como constava da proposta inicial.
Para Humberto, o acordo que está em construção, sob a responsabilidade do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), melhora a relação entre os dois poderes. “O Congresso está exatamente há algum tempo pedindo ao governo para ter esse canal direto para discutir as propostas que vêm para cá. Entendemos que esse esforço para fazer o País avançar, para fazer o ajuste, deve ser algo que a população participe e o Congresso Nacional participe também”, afirmou.
Segundo o líder, há duas possibilidades: adiar a sessão do Congresso amanhã ou derrubar o veto e se editar uma Medida Provisória contendo os percentuais acordados entre o Parlamento e o governo.
Pela manhã, Renan Calheiros recebeu o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele explicou que duas propostas estavam colocadas e os líderes apresentaram uma terceira. “Agora eu vou colocar para o ministro da Fazenda essa terceira proposta. Se as coisas evoluírem, o governo deverá editar uma medida provisória, mas como consequência da negociação no Parlamento, como uma contribuição para resolver um dos grandes problemas do nosso dia-a-dia”, afirmou Renan, que acrescentou: “o fundamental e que deve ser comemorado é a proposta do Parlamento para resolver um grande problema”.
A proposta que saiu da reunião de líderes e será apresentada por Renan ao ministro Levy é a seguinte: a correção da tabela do IR seria de 6,5% para salários de R$ 1.787,78 até R$ 2.679,29. A correção seria de 6% para salários de R$ 2,679,30 até R$ 3.572,43. A correção da tabela seria de 5% para salários de R$ 3.572,44 até R$ 4.463,61. Para salários acima de R$ 4.463,81 a correção da tabela do IR seria de 4,5%.