O senador Paulo Rocha (PT-PA) criticou a proposta de reforma trabalhista e afirmou que o projeto (PLC 38/2017) promove a precarização do emprego e do trabalho e o desmonte das organizações sindicais. O parlamentar também questionou a legitimidade do governo para propor as mudanças.
“O governo Temer não tem legitimidade, não tem força política perante a sociedade para propor essa reforma. É um governo que não tem nenhum respeito pelas conquistas da classe trabalhadora”, afirmou o senador paraense.
Na opinião do senador, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi um marco fundamental para o equilíbrio da relação entre capital e trabalho, fruto da luta da classe operária. Segundo ele, a reforma proposta pelo governo, mesmo falando em modernização, representa um retrocesso nos avanços e conquistas dos trabalhadores.
Paulo Rocha defendeu mais discussões e a análise cuidadosa das mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto original. Ele ressaltou que foram alterados mais de 90 artigos da legislação trabalhista.
“Que este Senado chame para si a responsabilidade através do aprofundamento do debate, que audiências públicas, audiências gerais aqui no Plenário possam realmente dar uma solução para os problemas da economia, do desemprego e do desenvolvimento no nosso país”, concluiu.