Giselle Chassot 05 de janeiro de 2017/ 15h33 Na década de 70, uma campanha do extinto Departamento Nacional de Estadas de Rodagem (DNER) ficou famosa por mostrar um garotinho chorando e contando que seu pai havia morrido na estrada. Ousada e criativa, é lembrada até hoje. A frase “não faça de seu carro uma arma, a vítima pode ser você”, é mencionada quase cinquenta anos depois. O governo Temer tentou a mesma linha e colocou nas ruas uma das piores campanhas publicitárias de que se tem notícia: “Gente boa também pode matar”. Quem entende de publicidade garante que a ideia central da campanha não é ruim. O problema foi a execução. O slogan é tão pequeno que torna o anúncio incompreensível. E mais: as fotos de estudantes negros, médicos, protetores de animais classificados como potenciais assassinos gerou uma onda de revolta nas redes sociais. Resultado: desperdício de dinheiro. O ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa já admitiu o equívoco e anunciou a jornalistas que a campanha será retirada do ar. Segundo o jornalista Gerson Camarotti, depois dos protestos oficiais de um deputado ligado à defesa dos animais, Quintella teria admitido que a execução da campanha foi equivocada. Os cartazes que geraram protestos serão retirados de circulação. O governo não divulgou qual é a agência que criou e executou a campanha. A responsabilidade pelo comando é da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) Veja alguns dos cartazes: