Governo fará atendimento local de mulheres do campo em situação de violência

A expectativa é que cada estado receba dois veículos de atendimento a partir de ano que vem

Os serviços de assistência social, jurídica, psicologia e de segurança pública estarão mais acessíveis às mulheres do campo e da floresta que passam por situações de violência. A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM) disponibilizará 54 unidades móveis (ônibus) para fazer o atendimento das trabalhadoras rurais, a partir de 2013. Antes de entregar os veículos, o Governo Federal, em parceria com os movimentos sociais, vai fazer um diagnóstico sobre a situação nos estados, até o dia 20 de novembro. A expectativa inicial é entregar dois ônibus de atendimento a cada estado.

De acordo com a secretária nacional do Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, Aparecida Gonçalves, o mapeamento servirá de referência aos governos estaduais e municipais para a tomada de decisões sobre as localidades prioritárias para envio dos veículos. Atualmente, o projeto encontra-se em fase de construção do termo de referência para futura licitação para compra dos ônibus.

Dados de uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em 2008, revelou que 55,2% das 529 entrevistadas, durante a durante a 4ª Plenária Nacional de Mulheres Rurais, haviam sofrido algum tipo violência. Destas, 21,9% foram vítimas de violência física, 51,1% sofreram violência moral, 27,3% sofreram violência sexual.

Além disso, 27,6% das mulheres entrevistadas responderam que já foram ameaçadas de morte, 11,9% sofreram estupro marital e 4,3% foram vítimas de cárcere. A pesquisa revelou ainda que 63,7% das violências domésticas foram praticadas pelos maridos ou companheiros das vítimas.

Na segunda quinzena de janeiro de 2013, haverá uma nova reunião do Governo Federal com os movimentos sociais para analisar as informações que servirão de base para a escolha das localidades que receberão as unidades móveis. A SPM vai estimular a criação de instâncias estaduais para enfrentamento à violência contra a mulher do campo e da floresta.

Com informações do Portal Brasil

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