Volta às aulas 2025

Governo lança ações contra a dengue nas escolas

Ministérios da Saúde e da Educação unem forças para vacinação e conscientização contra o mosquito Aedes aegypti

Jhonathan Cantarelle / AG Saúde DF

Governo lança ações contra a dengue nas escolas

Escolas serão palco de campanha nacional em 2025

O Ministério da Saúde vai destinar R$ 150 milhões para estados e municípios reforçarem a vacinação contra a dengue nas escolas, enquanto o Ministério da Educação (MEC) promoverá uma campanha de conscientização sobre a urgência do combate à doença. A comunidade escolar será alvo da “Mobilização Nacional nas Escolas: combater o mosquito e promover saúde no território” durante 10 semanas, a partir de segunda-feira, dia 3 de fevereiro.

As ações fazem parte das estratégias do governo do presidente Lula, que está atento à gravidade da situação. Em 2024, o Brasil viveu a maior epidemia de dengue da história, com aumento de 30,9% no número de casos notificados em relação a 2023. As mudanças climáticas e a recirculação do sorotipo 2 do vírus (DENV-2) contribuíram para o cenário.

Preparação e sensibilização

A mobilização contra a dengue nas escolas em 2025 terá quatro fases. A etapa de preparação consumirá as primeiras duas semanas, quando a gestão local do PSE planejará as ações. O objetivo é que as redes façam vistorias nas escolas para identificar focos de criadouros do Aedes. Para reforçar essa ação, será lançada a “Semana Nacional de Mobilização Nacional nas Escolas: combater o mosquito e promover saúde no território”.

A fase de sensibilização acontecerá na terceira e na quarta semana. Nesse período, serão realizadas exposições dialogadas, rodas de conversa, atividades educativas e distribuição de materiais informativos para conscientizar estudantes, professores e funcionários sobre a prevenção da dengue.

Ações educativas e lições para o futuro

Entre a quinta e a oitava semana, as escolas terão ações práticas com atividades educativas e interativas, como gincanas, teatros e jogos, para envolver os estudantes de forma lúdica na prevenção da doença. A campanha será divulgada para as comunidades locais por meio de mídias sociais, rádio, jornais e outros canais.

Nas duas últimas semanas, serão analisados os dados epidemiológicos sobre notificação de casos de dengue e de focos do mosquito nos territórios das escolas participantes. Os relatórios finais trarão a descrição das atividades realizadas, os resultados obtidos e as lições aprendidas para orientar futuras iniciativas de prevenção.

Força-tarefa 2025

A força-tarefa do governo federal no combate à dengue em 2025 está distribuindo 6,5 milhões de testes rápidos para diagnóstico da doença, um investimento de R$ 17,3 milhões. Do total de testes, dois milhões estão reservados para atender regiões com aumento no número de casos, permitindo uma resposta rápida. Dessa forma, a população passa a ter três opções de diagnóstico no SUS: biologia molecular, sorológico e rápido.

Além dos testes, o governo federal anunciou em dezembro que a primeira vacina em dose única deve entrar no SUS em 2025, com previsão de produção em larga escala a partir de 2026 pelo Instituto Butantan. Enquanto isso, segue adquirindo toda a produção do laboratório Takeda, que fabrica a vacina Qdenga. Para 2025, serão 9,5 milhões de doses.

Ao mesmo tempo, a campanha “10 minutos contra a dengue” incentiva a limpeza de acúmulos de água parada em casas e quintais, além de cobrar das prefeituras a limpeza de áreas públicas.

Leia mais: Lula: “A gente quer ter o verão com menos dengue na história”

Tem sintomas? A hora é agora

Com o tema “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, Zika e chikungunya é agora”, a ação que começou em 20 de janeiro incentiva as pessoas a buscarem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde ao identificarem sintomas como manchas vermelhas, febre, dores de cabeça e dores atrás dos olhos.

Na rede social X, o Ministério da Saúde mantém afixada a postagem sobre a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE), o novo Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, expansão do uso de novas tecnologias e mobilização social.

Com informações da assessoria de comunicação social do MEC

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