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Campanha de imunização ocorrerá nas escolas públicas de todo o país
O governo do presidente Lula destinou R$ 150 milhões para ações que vão garantir a cobertura vacinal de 30 milhões de crianças e adolescentes até 15 anos, num esforço conjunto dos ministérios da Saúde e Educação para vacinar os não vacinados.
Uma das iniciativas do Ministério da Saúde foi a realização do webinário “Estratégia de Vacinação nas Escolas 2025”, com foco no combate à desinformação, irresponsavelmente disseminada pelo governo passado, e na garantia da ampliação da vacinação no ambiente escolar.
Organizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), o evento contou com a participação de mais de 1.500 profissionais da saúde e da educação de todas as regiões do país e teve transmissão ao vivo pelo canal da SVSA dia 11 de abril.
Durante o evento foi apresentado um panorama das coberturas vacinais de crianças e adolescentes e também recomendações técnicas para a operacionalização da estratégia.
Resgate de não vacinados
Junto com o enfrentamento à desinformação, o governo está implementando ações para recuperar os não vacinados. Equipes do SUS estão nas escolas fazendo a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes, numa mobilização que vai até 31 de maio. A intensificação ocorre até 25 de abril.
Além da ação presencial das equipes do SUS nas escolas, a vacinação tem acontecido também por meio do deslocamento dos estudantes até as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com autorização dos responsáveis. De forma inédita, famílias poderão acompanhar e receber alertas para a vacinação com a Caderneta da Criança agora na versão digital.
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As famílias receberão alertas para a vacinação das crianças. Integrados ao aplicativo Meu SUS Digital, os dados serão lançados em tempo real por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde. O acesso é simples, bastando que o responsável e a criança possuam contas ativas no Gov.br.
Oportunidade de conscientização
Dos R$ 150 milhões destinados pelo governo para as ações, R$ 15,9 milhões são para os estados e R$ 134 milhões para os municípios, com critérios definidos a partir do tamanho do território, o número de escolas, as dificuldades logísticas e as necessidades de cada região.
“Mais do que uma ação de checagem da caderneta e aplicação de vacinas, a vacinação nas escolas é uma oportunidade de educação em saúde, de conscientização sobre a importância das vacinas e de enfrentamento à desinformação”, afirmou Ana Catarina, de Melo Araújo, coordenadora-geral de Incorporação Científica e Imunização da SVSA durante o webinar.
O ano de 2025 marca o início da vacinação nas escolas como uma estratégia específica de imunização. Registradas com a opção “Vacinação Escolar”, a iniciativa favorecerá um monitoramento mais preciso dos resultados.
As vacinas aplicadas variam de acordo com a faixa etária e incluem doses contra a febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV.
Adesão histórica
As estratégias que integram o Programa Saúde na Escola são fruto da união de esforços dos ministérios da Saúde e da Educação e tem a participação de 5.544 municípios. As 109,8 mil escolas participantes representam cerca de 80% das instituições da rede pública de ensino, a maior adesão da história do programa criado em 2007.
Assim, 4,3 milhões de estudantes passaram a ter acesso às ações de promoção da saúde e prevenção promovidas pelo programa desde 2022. Das mais de 109 mil escolas participantes, 53,6 mil têm maioria de alunos do Bolsa Família. 2.220 estão em territórios quilombolas e 1.782 têm indígenas.
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Além da importante atualização das cadernetas de vacinação dos menores de 15 anos, a coordenadora Ana Catarina apontou a necessidade de reforçou a necessidade do resgate vacinal entre adolescentes de 15 a 19 anos, especialmente para vacinas como HPV e hepatite B.
“O ambiente escolar tem se mostrado um dos espaços mais eficazes para ampliar a cobertura da vacina HPV. Por isso, é fundamental aproveitarmos essa estrutura para alcançar adolescentes que, muitas vezes, não procuram os serviços de saúde por conta própria”, afirmou.