A mídia tem anunciado que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer acabar com vários programas e benefícios sociais para financiar os projetos demagógicos de Bolsonaro. Segundo Guedes, quanto mais programas revisados ou extintos, mais robusto ficaria o Renda Brasil.
O Farmácia Popular está entre os programas sociais na mira da equipe econômica. O impacto de sua extinção representará 22 milhões de pessoas sem medicamentos gratuitos ou com descontos de até 90%. A entrega, atualmente, é feita por meio de farmácias credenciadas, que recebem reembolso dos produtos comercializados.
“Bolsonaro dá sequência ao plano de acabar com os programas sociais do PT e prepara o fim do programa Farmácia Popular. O programa permite comprar remédios com preços acessíveis e distribui gratuitamente medicamentos para hipertensão e diabetes”, denuncia o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE).
Os principais usuários são os idosos e pessoas pobres com doenças crônicas que hoje têm acesso a medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes, asma, rinite, dislipidemia, doença de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além do acesso aos contraceptivos e fraldas geriátricas. E, ainda, antibióticos, ansiolíticos, antifúngicos e anti-inflamatórios.
Bolsonaro dá com uma mão e tira com a outra
Com o objetivo de ampliar o acesso de toda a população aos medicamentos, o Farmácia Popular, ao lado do SAMU e do Programa Nacional de Imunização, é uma das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) reconhecida mundialmente, e um dos maiores legados dos governos do PT.
Ex-ministro da Saúde e criador do Farmácia Popular, o senador Humberto Costa (PT-PE) diz que a medida pode comprometer ainda mais o SUS.
“Os medicamentos distribuídos pelo programa tratam doenças crônicas. Se as pessoas não tratarem preventivamente o problema, correm o risco de ir para o SUS com doenças ainda mais graves e, mesmo assim, serem vítimas de uma morte prematura”, explicou Humberto.
De acordo com o senador, isso só mostra que o governo não tem nenhum compromisso com a população. “E, quando ele diz que vai fazer alguma coisa, pode ter certeza que vai anunciar, em troca, a retirada de direitos dos mais pobres. Ele finge dar com uma mão, mas, na verdade, rouba com a outra”, afirmou.
Com informações da Agência PT e assessoria do senador Humberto Costa