A presidenta da República, Dilma Rousseff, após ser instada pela imprensa para comentar a CPMI Mista que vai investigar a rede criminosa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira, defendeu a autonomia do Congresso para encaminhar as investigações. “O governo terá uma posição absolutamente de respeito ao Congresso”, disse, logo após a cerimônia de formatura da turma de diplomatas de 2010-2012 do Instituto Rio Branco e da cerimônia de Condecoração da Ordem de Rio Branco, em Brasília.
Foi a primeira vez que a Presidenta se manifestou publicamente sobre o assunto que galvanizou as atenções desta semana no Congresso – e que promete se tornar ainda mais intenso a partir da próxima semana, quando os trabalhos da CPI começarem.
“Todas as coisas têm de ser apuradas”, reforçou a presidenta, eximindo-se de qualquer outro comentário, em respeito ao Congresso. “Vou insistir nesse aspecto”, afirmou. “Não me manifesto sobre esse assunto. A CPI é algo afeto ao Congresso. (…) Vocês acreditam mesmo que eu irei me manifestar, além das minhas múltiplas atividades que eu tenho que lidar todo dia, eu vou me manifestar na questão de outro poder?”, questionou, diante da insistência dos jornalistas.
Seis meses para investigações
Se todas as previsões forem confirmadas, a CPI Mista será instalada na próxima quarta-feira (25), assim que os partidos apresentarem os nomes dos parlamentares que os representarão. O período estipulado para as investigações é de seis meses, mas pode ser estendido pelo período que for definido pelos parlamentares. Ao final do trabalho, o deputado escolhido para a função, que será do Partido dos Trabalhadores, terá de apresentar um relatório que será encaminhado para o Ministério Público para as medidas judiciais cabíveis nas áreas cível ou criminal.
(Com agências online)