Vai baratear

Governo se mobiliza para aumentar produção e baratear preços dos alimentos

Ministros explicam que preços dos alimentos tiveram aumentos sazonais devido aos efeitos climáticos e afirmam que governo apresentará medidas

Dilvugação

Governo se mobiliza para aumentar produção e baratear preços dos alimentos

Segundo o governo federal, preço do arroz deve cair entre os meses de março e abril

O governo federal trabalha com a expectativa de que nas próximas semanas os preços de alimentos comecem a cair, partindo do arroz. A previsão é de que até abril o valor do produto caia cerca de 20%. O tema foi tratado em reunião com o presidente Lula e ministros nesta quinta-feira (14/3). O encontro serviu para traçar a estratégia que o governo adotará para tentar acelerar a queda dos preços.

O principal objetivo do governo agora é fazer com que a comida chegue barata na mesa da população, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Ele explicou que houve um aumento sazonal e afirmou que a tendência, agora, é de queda nos preços. Além disso, ele acrescentou que serão feitas mudanças no Plano Safra para impulsionar a produção de alimentos no país.

As questões climáticas, como as altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país, afetaram duramente a produção dos alimentos e, consequentemente, os preços.

Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, alguns itens já estão com os preços em queda. Seguindo a tendência de redução do valor do arroz, a expectativa é de que o cidadão perceba em breve essa diminuição em outros alimentos na hora das compras – no caso específico do arroz, a percepção dos preços mais baixos deve ocorrer até abril.

Segundo Fávaro, medidas de crédito, formação de estoques públicos e política de preço mínimo também devem fazer parte da estratégia para a redução dos preços dos alimentos, bem como para aumento da renda dos produtores. O ministro disse que o objetivo é estimular principalmente a agricultura familiar, com o apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A queda do preço dos alimentos, aliás, é prioridade máxima para governo Lula, de acordo com o líder do PT no Senado, Beto Faro (PA),

“Garantir alimentos na mesa do povo brasileiro, mesmo com os efeitos devastadores dos eventos climáticos extremos que o país enfrentou nos últimos meses, é prioridade máxima para o governo Lula. A gestão não poupará esforços para que os preços justos sejam uma realidade nas gôndolas dos supermercados, e que a população sinta o alívio no bolso”, aponta Faro.

Além de Fávaro e Teixeira, estiveram no encontro os titulares da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad. Também participou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

Plano Safra

Um dos temas debatidos entre os ministros e Lula foram as mudanças a serem feitas no Plano Safra 2024/2025 para incentivar a produção de alimentos e a redução de preços, em especial de arroz, feijão, milho, trigo e mandioca.

Segundo Carlos Fávaro, houve uma quebra na produção de feijão de cerca de 3,5%, mas que deve ser recuperada com o terceiro ciclo de plantio, que está acontecendo agora. O trigo também é uma preocupação pois há um aumento da produção de cevada em substituição ao trigo, principalmente no Paraná, com a instalação de grandes indústrias cervejeiras.

“É bom a diversificação, mas a gente vai tomar medidas para que haja um incentivo da produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca”, disse.

“O Brasil é quase autossuficiente [na produção de arroz], só que isso é concentrado no Sul do país. Então, quando a gente estimula o plantio de segunda a safra do Centro-Oeste, do Matopiba [região produtora entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], estamos incentivando ter arroz perto desses centros consumidores”, completou.

Com informações da Agência Brasil e Agência Gov

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