auxílio emergencial

Governo submete brasileiros a filas de contaminação e morte

O atraso dos pagamentos do auxílio emergencial reforça a estratégia do governo para romper o isolamento e o confinamento social
Governo submete brasileiros a filas de contaminação e morte

Foto: Divulgação/Prefeitura de Caruaru

O Governo comemora que cerca de 50 milhões de brasileiros estão aptos para receber o auxílio emergencial de R$ 600,00, em três parcelas. No entanto, o que deveria ser um alívio para trabalhadores de várias categorias se transformou em martírio diário. A cada manhã, milhares de pessoas continuam sendo empurradas para longas filas, expostas à contaminação que podem resultar em morte. Uma espécie de “e daí? para a fome da população.

O auxílio emergencial foi anunciado em 16 de março, ou seja há 43 dias, em valor inicial de apenas R$ 200,00. Por pressão do PT e da Oposição, o valor aumentou para R$ 600,00. Da resistência ao aumento do valor, o governo passou a imposição de dificuldades que terminam por sabotar o pagamento. A exigência de CPF, a burocracia bancária e outras medidas dificultam a chegada dos recursos aos cidadãos. “Hoje fez 21 dias de análise. já perdi às esperanças desse ‘auxílio emergencial’, lamentou um internauta no Twitter.

De acordo com a Dataprev, o número de 50 milhões corresponde a metade das pessoas que se cadastraram em busca do apoio. Um total de 92,8 milhões de CPFs foram analisados e encaminhados para a Caixa Econômica Federal. Desses, 50,3 milhões (54%) tiveram o pagamento liberado, segundo a CEF. O número de CPFs reprovados chega a 28,9 milhões, um terço dos que se inscreveram. É possível, no entanto, pedir nova avaliação.

O atraso dos pagamentos do auxílio emergencial é a face mais mesquinha da covardia e da incompetência do atual governo no combate à pandemia. O ministro Paulo Guedes, por exemplo, prefere atacar os funcionários públicos, antes de apresentar solução para o atraso dos pagamentos. Acusando os trabalhadores de fazer quarentena “com a geladeira cheia”, Guedes anuncia congelamento de seus salários. O ministro da Saúde, paralisado, entrega apenas 272 dos 14.100 respiradores prometidos.

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