Governo supera meta 2013 para educação integral

As escolas contém acompanhamento
pedagógico, aulas de reforço escolar,
idioma estrangeiro, além de atividades
esportivas e culturais

O número de escolas públicas no programa federal Mais Educação já ultrapassou a meta do Governo para 2013. O objetivo era que 45 mil unidades oferecessem a jornada ampliada e a educação integral este ano, mas 49.426 instituições já integram o programa. A expectativa agora é de ter 6 milhões de estudantes do ensino fundamental e médio na jornada ampliada e na educação integral.

A adesão de 4,4 mil escolas além da expectativa e a possibilidade de ter 6 milhões de alunos, diz a diretora de currículos e educação integral do MEC, Jaqueline Moll, também trazem um desafio aos sistemas de ensino municipais e estaduais. Ampliar o acesso a 100% dos estudantes de cada uma das 49,4 mil escolas. Mas para chegar a isso, segundo Jaqueline Moll, é preciso que as redes acreditem na ampliação da jornada, na educação integral e invistam em recursos humanos e financeiros.

Para motivar secretários de educação, diretores de escolas e coordenadores pedagógicos, a diretora informa que fez um estudo comparativo das notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), obtidas pelas escolas que estão no programa desde 2008. Ela cruzou dados de 2009, que foi o segundo ano do programa Mais Educação, com os do Ideb em 2011, e verificou redução da evasão escolar e melhoria do aprendizado nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. “Isso significa que as crianças veem mais sentido no aprendizado escolar e que as atividades propostas são significativas para elas”, diz.

Desde 2008, o programa Mais Educação cresceu no número de escolas e de estudantes. A meta do Governo Federal é chegar a 60 mil escolas com jornada ampliada e tempo integral em 2014.

Mais Educação

Dois objetivos conduzem o programa Mais Educação: induzir a ampliação da jornada escolar e organizar o currículo na perspectiva da educação integral nos sistemas de ensino municipais e estaduais. Das 49,3 mil escolas públicas do País que oferecem a educação em tempo integral, 32 mil reúnem alunos do programa Bolsa-Família do Governo Federal.

Além do currículo básico, oferecido em um dos turnos, os alunos beneficiados têm várias atividades no turno suplementar, com acompanhamento pedagógico obrigatório, aulas de reforço escolar em matemática, português, ciências e um idioma estrangeiro.

Em 2013, o investimento chega a R$ 1,8 bilhão. A maior parte é repassada diretamente às unidades de ensino, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), para a contratação de monitores, professores, material, custeio e obras.

Modalidades esportivas também estão entre as atividades oferecidas aos alunos. A escolha das atividades complementares é feita pelas escolas, que podem optar ainda por educação ambiental, direitos humanos em educação, cultura e artes, cultura digital, promoção da saúde; comunicação e uso de mídias, investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.

O programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010. As escolas das redes públicas de ensino estaduais, municipais e do Distrito Federal fazem a adesão e, de acordo com o projeto educativo em curso, optam por desenvolver atividades nos macrocampos do programa.

Com informações do MEC

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