Seis ministros, um assessor especial e um secretário nacional mantêm a média de demissões no Palácio do Planalto
Foto: Pedra Maneira/ WordPress.comG
Giselle Chassot
11 de janeiro de 2017/ 14h48
A média se mantém inalterada desde o início do governo Temer: para cada mês de gestão, um ministro, secretário ou assessor do primeiro time é demitido. As causas não variam muito. Em geral eles falam demais, são citados demais em delações ou são flagrados em transações não muito ortodoxas.
O último foi Bruno Júlio, que perdeu o posto por ter falado demais. Em meio à maior crise de segurança pública já vista e vivida no País, o Secretário Nacional da Juventude defendeu mais chacinas como a que causou a morte de 56 presos em Manaus. Ele foi nomeado para o cargo pelo maior articulador do atual governo. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Se Bruno foi o último, Geddel Vieira Lima, um dos muitos braços direitos do presidente, foi o mais ruidoso. Flagrado atuando em interesse próprio – a liberação da construção de um prédio onde é proprietário do apartamento – ele se enrolou em um amontoado de conversas. situação de Geddel ficou insustentável depois do depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal. Ele acusou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha e o próprio Temer de tê-lo pressionado a interceder pela liberação da obra.
Marcelo Calero caiu atirando. Foi o principal personagem do escândalo que implodiu Geddel. Depois de acusar a cúpula do governo de tentar pressioná-lo a liberar uma obra de interesse pessoal do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, ele entregou gravações das conversas que teve sobre o assunto com o presidente Michel Temer, com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com o próprio Geddel.
Veja os outros ministros degolados:
Foto: Brasil de Fat/Facebook