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Governos do PT mostraram que outro Brasil é possível

Pela primeira vez na história, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff abriram as portas do Poder Central para os mais pobres, os desvalidos e os excluídos. Moveram as placas tectônicas das relações de classe e demonstraram cabalmente como governar sem distinções de qualquer tipo
Governos do PT mostraram que outro Brasil é possível

Foto: Ricardo Stuckert

“Diante do esgotamento de um modelo que, em vez de gerar crescimento, produziu estagnação, desemprego e fome; diante do fracasso de uma cultura do individualismo, do egoísmo, da indiferença perante o próximo, da desintegração das famílias e das comunidades; diante das ameaças à soberania nacional, da precariedade avassaladora da segurança pública, do desrespeito aos mais velhos e do desalento dos mais jovens; diante do impasse econômico, social e moral do país, a sociedade brasileira escolheu mudar e começou, ela mesma, a promover a mudança necessária.”

Com essas palavras, que poderiam ser escritas hoje, Luiz Inácio Lula da Silva iniciava o primeiro governo de um líder popular na história do Brasil, em 1º de janeiro de 2003. Em uma grande festa popular que reuniu mais de 70 mil pessoas nas ruas de Brasília, Lula conclamou a uma grande mobilização nacional para acabar com a fome no país.

A partir daquele dia, o Brasil experimentou uma nova forma de governar. O Estado finalmente incluiu as famílias mais pobres no Orçamento, a participação social na implementação de políticas públicas atingiu níveis nunca antes vistos, e a parcela majoritária do Brasil, que historicamente fora excluída das decisões mais vitais, pode começar a sonhar e a realizar os seus sonhos.

Foto: Sérgio Amaral

As portas da Esplanada dos Ministérios se abriram para os movimentos sociais e para as prefeituras. Mais de 70 conferências nacionais, sobre os mais diversos temas de interesse do país, foram realizadas apenas nos primeiros oito dos 13 anos de governos do Partido dos Trabalhadores. Alguns marcos civilizatórios, como a Lei Maria da Penha, surgiram nesses encontros. A Marcha dos Prefeitos levou a Brasília, anualmente, as demandas das cidades, consolidando a interlocução direta com o Poder Central.

O desenvolvimento econômico puxado pela justiça social se concretizou em programas como Fome Zero, Bolsa Família, Luz Para Todos, o Programa de Cisternas, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Mais Alimentos, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Minha Casa Minha Vida, entre outros.

O Brasil sem Miséria foi um plano do governo com projetos associados para atender a áreas específicas da economia familiar, como o Bolsa Família. O programa ascendeu 22 milhões de brasileiros acima da linha da miséria. A renda dos mais pobres cresceu 6,4% em relação à dos mais ricos.

Já o programa Microempreendedor Individual foi destinado a fomentar pequenos mercados e a dar assistência técnica e gerencial a microempresas, presente em quatro mil municípios e contemplando até março de 2014 mais de seis milhões de pessoas.

O programa Água para Todos, cuja meta em 2014 era de construir 750 mil cisternas e seis mil sistemas coletivos de abastecimento para o consumo, especialmente na região semiárida, atendeu até outubro daquele ano 725.820 famílias.

Nesses 13 anos, o Bolsa Família se transformou no maior programa de transferência de renda do mundo e foi apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como modelo de política social bem-sucedida. Ainda segundo a ONU, a queda da desigualdade no Brasil se deu também em virtude do aumento real do salário mínimo e da formalização do mercado de trabalho.

O país saiu do Mapa da Fome e, neutralizado esse fantasma, famílias brasileiras puderam se preocupar em estudar, comprar eletrodomésticos, viajar de avião e até abrir seu próprio negócio.

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