As reservas cambiais brasileiras atingiram na última quinta-feira, dia 13, o valor de US$ 377,751 bilhões. Esse saldo traz uma marca emblemática, por representar um crescimento de dez vezes sobre o valor das reservas que o Brasil detinha em 2 de janeiro de 2003, um dia após o ex-presidente Lula tomar posse de seu primeiro mandato. O crescimento nominal nesse período de onze anos corresponde a 903,27%.
As reservas cambiais mostram a solidez da economia de uma nação e lá em 2003, quando o Plano Real poderia ser duramente afetado pela má condução da política econômica, mais da metade dos US$ 37,652 bilhões correspondia a um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ainda no primeiro governo de Lula, a dívida com o até então temível FMI foi quitada e atualmente o Brasil é credor dessa entidade, cujas recomendações às economias em crise são as mesmas que quase afundaram o País durante o período neoliberal, ou seja, cortes profundos nos investimentos sociais e uma presença mínima do Estado na orientação da economia.
O sucesso da política econômica adotada por Lula e que continua com a presidenta Dilma é atribuída pela inflexão ao modelo neoliberal, porque está centrada na combinação do crescimento sustentável da economia com a geração de empregos, com um combate diuturno à inflação.
O resultado é que a taxa de desemprego no Brasil está abaixo de 5%; o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu e foi o terceiro maior do mundo; as primeiras projeções indicam um bom ritmo para este ano e a atividade industrial, que aumentou 2,9%, dá sinais que confirmam um cenário positivo.
Outro dado importante foi apresentado pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na semana passada, quando registrou que os investimentos estrangeiros diretos não param de entrar no Brasil. Em fevereiro o ingresso líquido foi de US$ 9,2 bilhões. Tombini, ao falar na Conferência Macro Global no Brasil promovida pelo banco estrangeiro Goldman Sachs, afirmou que o País tem fundamentos econômicos e financeiros robustos e o fluxo de investimento estrangeiro continua intenso em março.
Segundo ele, o ritmo de crescimento neste ano deverá ser próximo ao do ano passado e o avanço dos investimentos, em projetos de infraestrutura e logística, acrescido da melhor qualificação da mão de obra, tende a ser traduzida em ganhos de produtividade para a economia brasileira.
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