É legítimo que uma categoria profissional reivindique melhores salários e condições de trabalho, mas não se pode tolerar a forma como vem sendo conduzida a greve dos Policiais Militares da Bahia, que adquiriu características de “quase terrorismo”. A opinião é do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que participou da discussão sobre a greve realizada nesta terça-feira, na Subcomissão de Segurança Pública do Senado.
“É inaceitável motim armado para parar ônibus. É inaceitável colocar crianças na Assembleia Legislativa tomada pelos grevistas. Isso é chantagem. É quase terrorismo”, avaliou o senador. Ele qualificou os métodos do movimento de “covardes” e condenou qualquer possibilidade de anistia para os envolvidos nos atos de vandalismo.
Lindbergh alertou que é preciso apurar e punir as responsabilidades pelos tumultos registrados na Bahia, caso contrário os métodos utilizados pelos grevistas seria “legitimados”, estimulando a repetição desse tipo de prática. O senador foi o autor do Projeto de Lei que assegurou a anistia aos bombeiros do Rio de Janeiro envolvidos nos protestos, durante a greve de junho de 2011. “Aquele movimento foi muito diferente do que vem sendo feito pelos PMS na Bahia”.
Com informações da Agência Senado
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