Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, publicada nesta segunda-feira (26), na Folha de S. Paulo, o ex-prefeito e ex-candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, destacou que a extrema direita no País buscou e conquistou mais espaço na política brasileira nesta eleição.
Haddad, entretanto, afirma que militará em defesa dos direitos sociais e civis, na resistência democrática contra os retrocessos patrocinados pelo Consórcio Michel Temer/Jair Bolsonaro. A luta, de todos, é contra o autoritarismo que deve crescer e ameaçar o Estado Democrático de Direito.
Fernando Haddad diz, na entrevista, que há dois anos previa que a “extrema direita” teria espaço na política nacional. Afirma que errou em uma previsão: a de que João Doria (PSDB-SP) lideraria esse campo como um “PSDB bolsonarizado”.
Em sua primeira entrevista desde a eleição, Haddad afirma que não pretende dirigir o PT, nem sua fundação. Mas que militará pela formação de frentes em defesa dos direitos sociais e civis. Para ele, a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) mostrou que o País vive num sistema híbrido, em que o autoritarismo cresce dentro das instituições democráticas.