O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT – PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Srª Presidenta, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, venho à tribuna na tarde de hoje para falar de um importante assunto para a saúde do nosso País, em especial para a saúde do Estado de Pernambuco.
Ontem, o Governador Eduardo Campos, em uma cerimônia com prefeitos e representantes do Ministério da Saúde, anunciou o processo de universalização do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) naquele Estado.
O Samu é, sem dúvida, uma das iniciativas mais importantes tomadas pelo Governo do Presidente Lula ao longo de seus oito anos de mandato. V. Exª, como Prefeita de São Paulo, teve a oportunidade de implantar esse serviço e conhece o seu grau de excelência e, acima de tudo, o nível de aprovação que tem o Samu.
É um programa que tem como finalidade prestar socorro à população em situações de emergência, em via pública, no próprio domicílio, e é regulado por intermédio de uma equipe de profissionais de saúde, principalmente o médico. Nesse sentido, estabelece a triagem do que efetivamente é importante ser atendido como urgência, tem as equipes adequadas para realizar esse atendimento…
Tem as equipes adequadas para realizar esse atendimento, e milhares de pessoas que anteriormente morriam – anteriormente a 2004 quando o programa começou a ser implantado – sem socorro, passaram a ter a oportunidade de um serviço de excelência.
Na verdade, uma das coisas que o Samu conseguiu realizar foi mostrar ao sistema de saúde onde estão as nossas imperfeições. É tão comum a gente observar um programa de televisão que fala que as ambulâncias do Samu estavam num hospital paradas porque as macas estavam sendo ocupadas.
Por que isso acontece? Em verdade, como o Samu passa a levar as verdadeiras urgências e emergências para os hospitais com a complexidade que essas urgências requerem, termina por aflorar as deficiências, as dificuldades que o sistema de urgência hospitalar tem no nosso País.
Hoje, temos 1.618 ambulâncias de suporte básico, que fazem atendimentos mais simples, e 450 ambulâncias de suporte avançado, verdadeiras UTIs, além de 159 centrais de regulação médica e, aproximadamente, 112 milhões de brasileiros e de brasileiras que são cobertos pelo Samu.
O Nordeste é inclusive uma região onde o Samu tem uma presença extremamente importante. E, em todo o País, onde o Samu atua, tem por parte da população conceituação a melhor possível.
Recentemente, tive a oportunidade de ter acesso a uma pesquisa, realizada pelo próprio Governo Federal, em que o programa social com maior grau de aprovação entre todos do Governo é exatamente o Samu. O Samu também possui helicópteros para o atendimento e o transporte por via aérea, que tem articulação com a Marinha, e atende por intermédio de ambulanchas, tanto as regiões de rios quanto ilhas nas proximidades das grandes cidades, como Itaparica, por exemplo, próxima a Salvador, Belém do Pará, e outros Estados e cidades, que têm esse serviço das ambulanchas.
Eu, pessoalmente me sinto extremamente gratificado por ver o Governo de Pernambuco tomar essa decisão, foi quando
Foi quando eu tive a felicidade de ser Ministro da Saúde que implantamos o Samu, inicialmente em Recife, porque já havia em Porto Alegre e em Campinas; em poucos lugares. E depois, no Ministério da Saúde, tivemos oportunidade de levá-lo para todo o País. Portanto, eu me sinto – modestamente – parte desse sucesso que o Samu representa.
Quero aqui parabenizar o Governador Eduardo Campos por essa decisão, inclusive porque os recursos serão antecipados pelo Governo estadual para aquisição de ambulâncias e implantação das centrais de regulação e apenas posteriormente serão ressarcidos pelo Ministério da Saúde. E, com certeza, Pernambuco passará a ter, para toda a sua população de quase 9 milhões de habitantes, um atendimento, na área da saúde, de emergência pré-hospitalar, que demonstra claramente que o SUS pode ser uma alternativa importante de atendimento à saúde da população.
Muito obrigado, Srª Presidente, inclusive pela tolerância.