Humberto Costa apela: “deixem a presidenta trabalhar”

Engana-se quem acredita que as eleições presidenciais já acabaram. A todo instante, novos lances promovidos por suspeições inéditas e provocações tentam empurrar o País para um terceiro turno que, comprova recente pesquisa do Instituto Datafolha, a maioria da população rejeita.

Indignado com a última cartada, vinda sob a inédita e anônima classificação de “recomendação técnica” de especialistas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que sejam rejeitadas as contas de campanha da presidenta reeleita, o líder do PT, Humberto Costa (PE), foi à tribuna nesta terça-feira (9), pedir o encerramento das tentativas isoladas de intimidar uma autoridade legitimamente eleita.

“Fico me perguntando quando esse tipo de acossamento terá fim”, lamentou o líder, que questiona a que propósitos essa chicana se presta. “É um debate que transcendeu a vertente eleitoral, uma vez que o candidato da oposição foi derrotado, de maneira insofismável, pelas urnas, fruto da vontade da maioria dos brasileiros”, explicou e acrescentou que o debate também ultrapassou o campo político, já que, segundo ele, golpistas e neonazistas passaram a atentar contra a democracia e as instituições.

O problema se tornou ainda mais grave por ter chegado ao Judiciário, onde questões menores merecem atenção não dispensada a outros candidatos. Vale lembrar que, até o momento, ninguém ainda explicou a origem ou a propriedade do avião que transportava o falecido candidato do PSB, Eduardo Campos. “Preocupa o fato de ver que alguns magistrados estejam escondendo uma verdadeira comichão política sob a toga”, alertou.

Golpismo

Baseado na pesquisa Datafolha, que demonstrou que 75% dos brasileiros avaliam positivamente o governo Dilma Rousseff e 66% estão convictos de que  a democracia é a melhor forma de governo para o Brasil, Humberto lamentou que o golpismo, “antes defendidos por meia dúzia de hidrófobos que andam espumando raiva em balneários ou em passeatas fracassadas” tenha se alastrado para alguns magistrados. “Juízes não podem ser linhas auxiliares de correntes políticas ou porta-vozes de quaisquer grupos de inconformados”, enfatizou.

“Fica, então, comprovado o que já tive oportunidade de chamar a atenção aqui desta tribuna: que os derrotados nas urnas continuam sendo derrotados pelos brasileiros; que as suas atitudes não encontram eco no país; que os brasileiros querem trabalhar, estão interessados em ver o país crescer, progredir e já não suportam mais esse lenga-lenga prolongado de eleição em que se meteram algumas carpideiras”, concluiu.

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