Humberto Costa presta homenagem a Marcelo Déda

“Ele morreu pobre, deixando para sua família, como herança mais importante, o patrimônio moral".

Humberto Costa presta homenagem a Marcelo Déda

“Déda deixa um legado muito importante, “porque
o que mais caracterizou sua vida pública foi a
honestidade, a decência, que todos reconhecem”
(Agência Senado)

Compadre do governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), que faleceu na última segunda-feira, o senador Humberto Costa (PT-PE) prestou homenagem ao amigo nesta quarta-feira (04) em discurso no plenário do Senado. Déda, que foi deputado estadual e federal (por dois mandatos cada um), prefeito reeleito de Aracaju e também governador do estado por duas vezes, tinha câncer do pâncreas.

“Ele era reconhecido como Parlamentar hábil e competente, como um dos maiores tribunos que o Congresso Nacional já teve a oportunidade de ter em seu meio. Era uma pessoa muito querida de todos os Parlamentares. Foi um Parlamentar de muito trânsito e de muito reconhecimento por parte do povo do seu Estado e também dos seus colegas, no Congresso Nacional”, ressaltou Humberto.

Segundo o senador petista, Déda deixa um legado muito importante, “porque o que mais caracterizou sua vida pública foi a honestidade, a decência, que todos reconhecem”. “Ele morreu pobre, deixando para sua família, como herança mais importante, o patrimônio moral que conseguiu agregar ao longo desses anos”.

Humberto Costa relatou a despedida do povo de Sergipe ao governador —“uma das cenas mais emocionantes que já vi na minha vida” — quando o cortejo que levava o corpo de Déda atravessou a capital, Aracaju. “As pessoas iam às ruas espontaneamente. Milhares e milhares foram até o Palácio do Governo, onde o corpo foi velado. Depois, em carro aberto, o governador foi levado a Salvador para o processo de cremação. Nas ruas de Aracaju, o que nós vimos foi uma manifestação de amor do seu povo por ele. Essa foi uma grande perda para o Brasil”.

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“Para nós, machuca, pois perder um quadro como
Déda não é das coisas mais fáceis” (Agência Senado)

A emoção de Humberto Costa foi compartilhada pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), que também acompanhou a cremação do corpo de Marcelo Déda, em Salvador. “Para todos nós, foi um motivo de muita tristeza. Eu diria que foi um dos momentos mais duros, porque vemos como uma doença dessa magnitude destrói um grande homem, como destrói uma pessoa, como dilacera, como mata, como apaga e o tira de nós”.

Para Pinheiro, o que fica é a obra deixada por Marcelo Déda. “Um bravo guerreiro e um jovem oriundo de uma cidade do interior de Sergipe, que venceu todas as dificuldades, dentre elas, as barreiras econômicas. Um homem que nos deixou grandes lições, sempre com doçura”, enfatizou Pinheiro. O senador baiano destacou a capacidade de Déda de se relacionar com todas as correntes políticas, com firmeza e lealdade, “sem jamais descambar para o ódio, do desprezo e da inimizade”.

Para Pinheiro, a política brasileira perdeu uma grande estrela. “Para nós, machuca, pois perder um quadro como Déda não é das coisas mais fáceis. Mas o céu deve estar agora em regozijo, porque recebe uma grande estrela, que é o companheiro Marcelo Deda”.

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