Humberto Costa: “Um programa como
o Minha Casa, Minha Vida tem que ser prioridadePara uma plateia formada por representantes do setor da construção civil de Pernambuco, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), questionou a decisão do governo interino do presidente Michel Temer (PMDB) de encerrar as contratações da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, que atende as famílias mais pobres.
Segundo o senador, além de prejudicar o setor da construção civil, a medida atinge a camada da população que mais necessita. “A baixa renda é quem sofre mais com o déficit habitacional, cerca de 80% do problema é concentrado nessa faixa da população”, afirmou Humberto. Hoje, cerca de 6,1 milhão de famílias sofrem com a falta de moradia no país.
O líder do PT refutou ainda o argumento usado pelo governo Temer de que não há recursos para a contratação de novas habitações. “O governo aumentou o déficit e ganhou uma autorização para gastar como bem entendesse. Um programa como o Minha Casa, Minha Vida tem que ser prioridade. E o governo Dilma já havia colocado as novas contratações na previsão de gastos. O Minha Casa, Minha Vida é importantíssimo, inclusive, para ajudar o nosso país a recuperar a economia”, afirmou o senador.
Com a suspensão das faixas que atendem os mais pobres, o Minha Casa, Minha Vida vai deixar de gerar R$ 70 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) em três anos, até 2018. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a medida, o governo Temer também vai deixar de gerar 1,3 milhão de vagas, das quais 660 mil diretamente nas obras e outras 682 mil ao longo da cadeia produtiva.
No encontro, o presidente do Sinduscon, Gustavo Miranda, também defendeu o programa. “Nós reconhecemos a importância do programa não só para a construção, mas também para a economia, em geral. Por isso, nossa preocupação com a permanência do Minha Casa, Minha Vida”, afirmou.