“Senhor presidente, senhores senadores, senhoras senadoras,
O desenvolvimento econômico e social do Brasil, seu protagonismo no cenário internacional e as políticas públicas implementadas pelos governos Lula e Dilma Rousseff, que conseguiram retirar 28 milhões de brasileiros da pobreza extrema nos últimos oito anos, são motivos de orgulho para nós, do Partido dos Trabalhadores. E também do povo brasileiro.
Hoje, venho à tribuna para mencionar que o protagonismo da presidenta Dilma continua a ser reconhecido internacionalmente. Nesta segunda-feira, a influente revista New Yorker, uma das mais conceituadas e importantes publicações norte-americanas, publicou um perfil de 14 páginas sobre a presidenta Dilma. E outra publicação prestigiada, a revista Foreign Policy, incluiu a presidenta entre os 100 pensadores mais influentes do mundo.
O perfil da New Yorker é assinado por Nicholas Lemann, que define a presidenta Dilma como “A ungida”. No texto, o jornalista descreve o Brasil como uma nação “caoticamente democrática”, demonstrando um grau de surpresa com os acertos da condução da política econômica brasileira, registrando o crescimento do país nos últimos anos. E cita elogios à presidenta não apenas de Lula, mas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
No texto, Lemann destaca a primeira grande iniciativa de Dilma na Presidência da República: o lançamento do Brasil Sem Miséria. A New Yorker sublinha que programa foi lançado “para varrer a pobreza”.
Diz a revista:
“O país alcançou uma rara trifeta (modalidade de aposta em que o apostador acerta, no mesmo páreo, os três primeiros cavalos, pela ordem de chegada): alto crescimento econômico (diferentemente de Estados Unidos e Europa), liberdade política (diferentemente da China) e desigualdade em baixa (diferentemente de quase todos os lugares). Como isso está acontecendo?”
A revista expõe a ascensão brasileira na última década para leitores de um mundo pouco acostumado a relacionar o Brasil com o título de potência econômica. Lemann cita o passado da presidenta Dilma, lembrando que, como militante política nos anos 60, ela foi presa e torturada.
O mesmo faz a revista norte-americana Foreign Policy, dedicada à análise das relações internacionais. Em sua última edição, a publicação incluiu a presidenta Dilma na lista de “100 pensadores globais” de 2011, apontando-a como “A poderosa voz do novo Sul Global”. Nossa presidenta ficou em 42º lugar em uma lista que engloba os principais líderes mundiais e é encabeçada por um grupo de 14 pessoas que inspiraram a Primavera Árabe.
A revista relata que o Brasil ainda pode ser um dos países mais desiguais do mundo, mas aponta que Dilma colocou a erradicação deste problema no centro de seu governo, destacando o programa “Brasil sem Miséria”. A Foreign Policy ressalta, ainda, que a presidenta conseguiu inserir nosso país nos esforços internacionais para resolver a crise fiscal da zona do euro, invertendo dramaticamente o papel de décadas do Brasil como uma nação suplicante.Senhor presidente, senhoras senadoras, senhores senadores,
Quero aproveitar o momento para fazer esses dois registros aqui – sobre o reconhecimento do papel da presidenta Dilma pela New Yorker e a Foreign Policy –, e lamentar a falta de rumo da oposição, que permanece desatenta ao novo papel do Brasil no cenário internacional e insiste em colocar o Partido dos Trabalhadores como um ninho de ratos envolvidos em corrupção.
É curioso que o PSDB, em sua propaganda partidária levada ao ar na noite desta terça-feira, reforce a tese de que a corrupção nasceu com o PT. Justamente no momento em que é a própria oposição alvo de denúncias de corrupção em um esquema de fraudes de inspeção veicular em São Paulo e outros estados. Um esquema que, aponta a imprensa, nasceu no coração do PSDB: o estado de São Paulo, governado há 20 anos pelos tucanos.Tenho reiterado aqui que a Política, com Pê maiúsculo, se faz em torno de políticas públicas, levando em conta os anseios do país, o bem-estar do povo e o compromisso de mudar para melhor a vida dos 190 milhões de brasileiros. Este é o caminho. É isso que o PT fez, entre 2003 e 2010, no governo Lula, e continua a fazer, desde o início deste ano, com a presidenta Dilma Rousseff.Muito obrigado”.
Pronunciamento proferido em 30 de novembro de 2001