Humberto e Lindbergh apoiam troca na Fazenda e pedem retomada do crescimentoDois senadores do PT – o líder da bancada, Humberto Costa, e Lindbergh Farias, ex-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal – comentaram, nesta sexta-feira, a substituição de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda.
De Pernambuco, o senador Humberto Costa disse, em entrevistas para vários órgãos da tradicional, que Joaquim Levy “fez ajustes importantes na economia”, e que o ex-ministro contou com o apoio da bancada para medidas contidas no ajuste fiscal.
A entrada da Nelson Barbosa na Fazenda, afirmou ainda o senador “sinaliza a segunda etapa deste ajuste que é a busca pela retomada do crescimento e a geração de empregos”.
Já o senador Lindbergh Farias, um dos integrantes mais críticos da bancada do PT às medidas recessivas do ajuste fiscal, comemorou a nomeação de Nelson Barbosa. Do Rio de Janeiro, também em entrevista para vários órgãos da imprensa nacional, Lindbergh disse que “depois do estrago feito pelas políticas de austeridade conduzidas pelo Ministro Levy que jogaram o Brasil numa profunda recessão, a vida do novo ministro não vai ser fácil”. De acordo com Lindbergh ainda, “o ano de 2016 já está perdido e Babosa terá de lutar para atenuar a recessão e o aumento do desemprego”. Torcendo para que o novo ministro “tenha coragem de mudar o rumo da política econômica”, o senador se prontificou em “ajudar ao máximo” o novo ministro da Fazenda, para o Brasil voltar à trilha do crescimento.
O novo ministro irá buscar a retomada do desenvolvimento, mantendo, sendo ele, “o esforço da estabilidade macroeconômica e de redução da inflação e, principalmente, a recuperação do crescimento econômico”. Para Nelson Barbosa, “o ajuste fiscal e o próprio controle da inflação têm de andar em paralelo ao crescimento econômico”
No Planejamento, Nelson Barbosa será substituído pelo ex-ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão. Para ele, tão ou mais importante do que as medidas do ajuste fiscal é preciso que o governo gaste melhor. “Nossa prioridade diária é redução de gastos”, disse Simão, em sua primeira entrevista como titular do Planejamento. “Melhor que isso: a melhoria da qualidade do gasto, para que o gasto público possa efetivamente ser convertido em políticas públicas de qualidade e serviços públicos de qualidade para o cidadão”, completou Simão. “Esse será o exercício diário que cada um de nós, gestores públicos, temos de fazer, e o Ministério do Planejamento tem de capitanear esse esforço”.