Os primeiros 100 dias de governo de Lula foram marcados por mudanças simbólicas e profundas para o povo brasileiro, segundo o senador Humberto Costa (PT-PE). Ele destacou que o presidente atual herdou uma “herança do atraso” da gestão anterior.
“O novo governo colocou um fim ao desprezo pela vida, negacionismo, necropolítica, ignorância, incompetência, desleixo e preguiça no tratamento de questões nacionais. Voltamos a prezar pela dignidade humana”, disse o parlamentar em um discurso no plenário na terça-feira (11).
Um exemplo é o esforço inicial do governo em combater a fome de mais de 33 milhões de pessoas que estavam em situação de vulnerabilidade devido aos erros da gestão anterior. O Bolsa Família, por exemplo, agora paga em média R$ 670, o maior valor da história. Apenas em Pernambuco, estado do senador, os investimentos ultrapassam R$ 1 bilhão e atendem a 1,7 milhão de famílias.
Além disso, a nova gestão relançou o Programa de Aquisição de Alimentos, injetando R$ 500 milhões para dinamizar a agricultura familiar. A preocupação com o povo se estende também com a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida, que entregou 5,6 mil residências em oito estados.
Na saúde, especialidade de Humberto Costa (ex-ministro da área), o governo lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, “em que imunização volta a ter papel de protagonismo, depois de anos de ataques pela administração obscurantista dos últimos anos”. O senador lembrou ainda da retomada do Mais Médicos, que vai fixar 28 mil profissionais pelo país até o final do ano.
“Graças a Deus o Brasil saiu daquele pesadelo e pode comemorar agora com altivez, com esperança e, acima de tudo, com a crença no futuro. 100 dias de um governo que vai unir o povo brasileiro e reconstruir o nosso país”, comemorou o senador petista.
Mais investimentos
Humberto ainda destacou os R$ 23 bilhões alocados no Orçamento para investir em infraestrutura no país, superando o total aplicado em quatro anos pela gestão anterior.
O parlamentar ressaltou também atuações fundamentais do governo Lula no combate ao racismo, na defesa do meio ambiente, equidade de gênero e política externa – retirando o país da condição de pária internacional.
Sobre a atuação em segurança pública, Humberto aproveitou para alfinetar os opositores do governo federal, mencionando como exemplo o aumento do crime organizado.
“E aqui eu ouvi alguém falar: o crime organizado está hegemonizando a Amazônia. E quem foi que permitiu que o crime organizado se instalasse lá? Que governo foi que permitiu que o tráfico de drogas, o contrabando de armas, a pesca ilegal, o garimpo ilegal? [Isso se chama] falta de memória”, afirmou o senador.
Economia
Na área econômica, o governo federal retomou 14 mil obras paralisadas no país. Por exemplo, 140 em escolas e creches de Pernambuco, via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
“Demos reajuste real do salário mínimo em benefício direto a mais de 58 milhões de brasileiros. E fizemos tudo isso com extrema responsabilidade fiscal”, lembrou Humberto.
Outros investimentos incluem números robustos para os primeiros dias de governo: R$ 535 milhões em ciência e tecnologia, R$ 203,5 milhões em habitação, R$ 144,5 milhões em infraestrutura em saúde, R$ 203,5 milhões em habitação e R$ 3,3 bilhões em rodovias.
A preocupação com a retomada do crescimento é acompanhada conjuntamente com a preocupação com os gastos. Nos próximos dias, a gestão Lula enviará ao Congresso Nacional a proposta para o novo arcabouço fiscal, com o intuito de garantir solidez às regras fiscais do país.
Mudança de postura
Outro tema ressaltado por Humberto foi a mudança no enfrentamento de calamidades sociais, como as ocorridas em São Paulo e no Maranhão. Todas tratadas a partir do diálogo aberto com prefeitos, governadores, Congresso Nacional, Judiciário, Ministério Público e sociedade civil.
“Diferentemente do presidente anterior, que ficava passeando de jet ski e dizendo que estava de férias enquanto o povo estava se acabando no meio da chuva. E chegar alguém aqui com total desfaçatez para defender o indefensável”, disse.
Além disso, o senador destacou que o Brasil agora retoma a harmonia entre as instituições e a defesa intransigente da democracia e dos direitos humanos.
“Estamos todos unidos, empenhados nesse projeto e olhando para o futuro. E eu não tenho dúvida de que, muito em breve, sairemos novamente do Mapa da Fome para que o Brasil, juntamente com o seu povo, retome o lugar de grandeza e de destaque que a História lhe reserva”, finalizou o senador.