JUSTIÇA

Humberto quer apuração no uso de cartão de Bolsonaro

Denúncia mostra que Bolsonaro pagou 21.447 lanches com o cartão corporativo. Senador quer investigação por abuso de poder econômico
Humberto quer apuração no uso de cartão de Bolsonaro

Foto: Alessandro Dantas

Mais um escândalo envolvendo Jair Bolsonaro veio à tona: segundo reportagem do UOL, o ex-presidente pagou ao menos 21.447 lanches utilizando o cartão corporativo em viagens de campanha para a reeleição. Nas redes sociais, o senador Humberto Costa (PT-PE) anunciou ter acionado à Justiça para investigar o caso como abuso de poder econômico.

“Acionei o MP [Ministério Público] junto ao TCU [Tribunal de Contas da União] para investigar abuso de poder econômico e improbidade administrativa no uso do cartão corporativo por Bolsonaro. UOL revelou q genocida pagou mais de 21 mil lanches com dinheiro público em viagens de campanha. Oficiarei também MP Eleitoral e a CGU [Controladoria-Geral da União]”, disse Humberto.

Os lanches, de acordo com notas fiscais obtidas pela reportagem, não foram comprados apenas para alimentar seguranças e assessores do candidato derrotado, algo em torno de 20 pessoas nas viagens. A farra com dinheiro público foi usada para pagar kits com alimentos a militares e policiais escalados para dar apoio de segurança a motociatas, comícios, festas e cultos religiosos.

Especialistas de direito eleitoral ouvidos pelo UOL questionaram a prática. Eles dizem que cartão corporativo não deve ser usado para tal finalidade, e não cabe ao presidente da República fornecer alimentos às forças de segurança locais escaladas para trabalhar em tais eventos.

“Quando você pede o apoio [de segurança], ele já vem com tudo pronto. As autoridades têm direito a escolta, mas o próprio estado que provê a alimentação”, afirmou Robson Rodrigues, ex-chefe do Estado Maior Geral da PM do RJ, ao UOL.

Outros gastos

Não bastasse a distribuição de lanches, notas fiscais revelam ainda gastos com hospedagens para assessores e agentes da equipe de segurança do ex-presidente: inacreditáveis 1,14 milhão durante a campanha eleitoral pagos com dinheiro do contribuinte por meio do cartão corporativo.

Tais custos deveriam ter sido pagos com verbas do partido ou coligação pela qual Bolsonaro disputou a eleição, não com dinheiro publico, segundo especialistas em direito eleitoral.

Leia a matéria na íntegra no UOL

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