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Humberto pede investigação sobre uso de robôs nas redes bolsonaristas

Levantamento apontou um aumento de 3.441% nas interações em favor do presidente no mês passado
Humberto pede investigação sobre uso de robôs nas redes bolsonaristas

Foto: Alessandro Dantas

Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT-PE) pediu a abertura de investigação para apurar o uso de perfis falsos por Jair Bolsonaro na tentativa de melhorar a própria imagem nas redes sociais durante o período mais trágico de pandemia no país. Um levantamento feito pela plataforma Bot Sentinel, que analisa publicações nas redes pelos chamados robôs, apontou um aumento de 3.441% nas interações em favor do presidente no mês passado, considerado o pior março da história para o Brasil.

Com os casos de mortos pela Covid-19 fora de controle e a incompetência do governo federal para lidar com a pandemia, Bolsonaro vinha perdendo largo apoio nas redes, e acumulando uma série de investidas negativas contra a sua imagem. Mesmo sem jamais terem deixado de operar, seus robôs chegaram a produzir, dois meses atrás, 1.392 posts. A intensificação da crise, no entanto, levou a equipe de Bolsonaro a aumentar o número de bots em operação para salvar o presidente da enxurrada de menções negativas que invadiu as redes.

Em março, as interações postadas por robôs bolsonaristas saltaram para a estratosférica marca de 49.302, um número quase 3.500% maior do que no mês anterior. A estratégia, que trabalha com operações eletrônicas falsas, típicas das milícias bolsonaristas desde as eleições de 2018, levou a que Humberto recorresse ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União para que o caso seja investigado.

“É preciso apurar se há dinheiro público, de alguma forma, investido nisso, seja direta, seja indiretamente, por meio de agências contratadas pelo governo. Se isso feito com dinheiro privado já é algo absolutamente reprovável para um presidente da República, com o dinheiro público, então, é inaceitável”, explicou o senador.

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