IBGE: Brasil tem a menor taxa de desemprego desde 2002: 5,8%

IBGE mostra também alta no rendimento real dos salários. País criou 342 mil postos de trabalho no ano.


Trabalhadores da construção civil foram
os que viram o rendimento médio real
subir mais entre abril do ano passado
e abril deste ano

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (23) sua pesquisa mensal sobre a taxa de desemprego relativa ao mês de abril. Desde o início da coleta de dados, em 2002, o Brasil nunca havia apresentado uma taxa de desocupação tão baixa. Ficou em 5,8% e o rendimento real habitual recebido pelos trabalhadores ficou em R$ 1.862,40, 1,6% acima do rendimento recebido em abril de 2012, de R$ 1.833,27. Em doze meses, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de 11,452 milhões de pessoas, estável em relação a março, mas 3,1% acima do número de abril do ano passado. Na prática, entre abril de 2012 e abril de 2013, foram criados 342 mil postos de trabalho com carteira assinada.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, desde 2002 a taxa de desemprego cai vertiginosamente, fato que é explicado à política adotada pelo governo petista a partir de 2002 que é combinar o crescimento econômico com a geração de empregos e buscar a inclusão social. Esse efeito é sentido nas principais regiões metropolitanas do País. A taxa de desemprego geral no Brasil ficou em 5,8%. Em abril de 2012, era de 12,5%. Já na região metropolitana do Recife, em abril de 2002 a taxa de desocupação era de 13,4% e em abril último ficou em 6,4%.

Na região metropolitana de Salvador, por exemplo, a taxa de desemprego era de 15,9% em abril de 2002 e caiu para 7,7% em abril deste ano. Em Belo Horizonte, na sua região metropolitana, a taxa caiu de 11,6% em abril de 2002 para 4,2% em abril de 2013. No Rio de Janeiro, a taxa era de 10,5% em 2002 e em abril passado ficou em 4,8%. Na região metropolitana de São Paulo, que tinha em abril de 2002 a maior taxa de desemprego, de 13,6%, caiu para 6,7%. Já a região de Porto Alegre tinha em abril de 2002 a menor taxa de desemprego, ou seja, uma taxa de 10,2% e em abril último registrou 4,0%.

O rendimento médio real recebido pelos trabalhadores em abril deste ano ficou em R$ 1.862,40. Houve aumento de 1,6% em relação a abril do ano passado (R$ 1.833,27). Trabalhadores na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, tiveram rendimento médio real em abril de 2013 de R$ 1.968,60, 4,4% acima dos 1.885,19 recebidos em abril de 2012.

Trabalhadores da construção civil foram os que viram o rendimento médio real subir mais entre abril do ano passado e abril deste ano, por causa das inúmeras obras do PAC em todo o País e também pelas obras do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMMV). O rendimento estava em R$ 1.474,93 em abril do ano passado e subiu 7,4% para abril deste ano, R$ 1.584,20.

Já o rendimento médio real dos trabalhadores do comércio, reparação de veículos e de objetos pessoais e domésticos subiu 2,3% em doze meses, para R$ 1.472,60, enquanto que os trabalhadores da área de serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e de intermediação financeira, o rendimento médio real subiu 1,5% e hoje está em R$ 2.367,10.

Trabalhadores da educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social fecharam abril deste ano com rendimento médio real de R$ 2.496,10. Nesse grupo houve queda de 3% em relação aos R$ 2.573,72 que eram recebidos em abril do ano passado, embora esse grupo continue liderando com o maior rendimento entre as áreas de atividade.

O rendimento médio real dos trabalhadores em serviços domésticos, que agora terão direitos mais abrangentes, subiu 3,5% em um ano e em abril situava-se em R$ 778,40. Em abril de 2012 estava em R$ 750,37.

Marcello Antunes

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