O valor das incorporações, obras e serviços da construção civil das 92,7 mil empresas com atuação no Brasil teve um crescimento real de 63,1% entre 2007 e 2011, passando de R$ 130,1 bilhões para R$ 286,6 bilhões. Desse montante, R$ 12,4 bilhões foram incorporações e R$ 274,2 bilhões foram obras e serviços da construção, dos quais R$ 104,9 bilhões em obras contratadas por entidades públicas. As empresas com 250 ou mais trabalhadores aumentaram para 50% em
Programas como o Minha Casa, Minha Vida; maior oferta de crédito imobiliário; crescimento do emprego e melhoria da renda familiar a partir de 2003, início do primeiro mandato do presidente Lula, somado aos maiores desembolsos para obras de infraestrutura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que continuam no governo da presidenta Dilma Rousseff, formam os pilares de sustentação do crescimento contínuo e vigoroso da indústria da construção brasileira. A manutenção das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente em materiais de construção também contribuiu para este segmento se destacar, abrindo, inclusive, oportunidades para o surgimento de novas empresas.
O número de empresas ativas era de 52,9 mil em 2007, de 79,3 mil em 2010 e encerrou 2011 com 92,7 mil empresas, um aumento entre 2007 e 2011 de, nada mais, nada menos, do que 75,4%. Vale notar que as vendas de materiais de construção e de demolição (outro nicho que cresce e gera empregos) tinha uma receita bruta de R$ 816 milhões em 2007 e passou para R$ 3,31 bilhões em 2011, um aumento superior a 300%.
De acordo com o IBGE, o conjunto de empresas da construção investiu R$ 9 bilhões em 2011 apenas na compra de máquinas e equipamentos. Em seguida, os investimentos foram em meios de transporte, terrenos e edificações. Em 2007, os investimentos das empresas nesses quesitos corresponderam a R$ 3,3 bilhões. Portanto, as condições oferecidas pelo Governo Federal e a própria realidade do País – maior renda e menor desemprego – contribuíram para que tais investimentos crescessem 172,7% entre 2007 e 2011.
Apesar de o valor das incorporações e das obras e o número de trabalhadores ocupados conferir a liderança para os estados da região Sudeste, a pesquisa do IBGE apontou que a participação do Nordeste e do Centro-Oeste teve bom crescimento, seja por conta dos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com obras de infraestrutura, seja por conta do Programa Minha Casa, Minha Vida.
A pesquisa mostrou, ainda, a concentração das empresas por ramos de atividade, onde doze empresas de infraestrutura concentram 28,9% do total das obras. Esse percentual é de 2011, já que a participação correspondia a 26% em 2007 – existem 9,2 mil empresas de obras de infraestrutura, com 17.306 pessoas ocupadas e salários mensais de R$ 2.981,00.
Marcello Antunes
Mais informações
http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=2416