IBGE: expectativa de vida cresceu 25 anos entre 1960 e 2010

O IBGE apresentou na manhã desta sexta-feira seu “Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População,- Religião e Pessoas com Deficiência”, trazendo os seguintes as características gerais da população e percentuais sobre adoção religiosa e pessoas com deficiência.

O dado mais importante para o planejamento de ações de governo e de empresas em geral é a mudança significativa da expectativa de vida do brasileiro, que aumentou 25,4 anos nos últimos cinquenta anos (1960 e 2010), saltando de 48 para 73,4 anos. Este indicador deverá ser inserido nos debates recém-iniciados entre o governo e o Legislativo em torno da Previdência Social. A intenção oficial, segundo os jornais desta sexta-feira (29/06) é a de propor o fim do fator previdenciário e, em troca, elevar a idade mínima de aposentadoria, considerando a idade e não mais o tempo de contribuição.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a redução nos níveis de fecundidade acarretou na diminuição de 42,7% (1960) para 24,1% (2010) de participação da população entre 0 e 14 anos de idade no total.

Outro fator determinante foi a queda da mortalidade, que proporcionou um aumento de 54,6% para 68,5 no período estudado entre habitantes entre 15 a 64 anos de idade. Como resultado, o crescimento da participação da população de 65 anos ou mais, no período entre 1960 e 2010, saltou de 2,7% para 7,4%.

De acordo com o texto de apresentação da pesquisa do IBGE, “a maior participação da população de 65 anos ou mais de idade na área rural em relação à área urbana, é em função também dos movimentos migratórios, já que as saídas daquela área normalmente se dão nas idades mais jovens, permanecendo as pessoas mais velhas”.

São essas mudanças que modificaram a pirâmide etária brasileira, antes marcada pela presença majoritária de recém-nascidos, crianças e adolescentes. Agora, tal como acontece nos países desenvolvidos, o Brasil apresenta uma população mais envelhecida. 

Mais uma vez, o texto do IBGE detalha:
“O estreitamento da base e o alargamento do topo da pirâmide etária é o caminho para uma estrutura mais envelhecida, características dos países mais desenvolvidos, que apresentam uma estrutura mais cilíndrica. O contingente populacional das crianças menores de 1 ano de idade [pouco mais de dois milhões], que representava 3,1% da população total, passou, em 2010, para uma participação de 1,4%, representando um volume de 2,7 milhões de crianças menores de 1 ano de idade”.

Veja os gráficos utilizados pelos pesquisadores do IBGE para a apresentação do novo perfil da população nacional. O link também conduz aos gráficos e mapas sobre a adoção religiosa do brasileiro

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