Pesquisa sobre o desempenho do comércio varejista divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que as medidas adotadas pelo Governo Federal para reaquecer a economia estão surtindo o efeito desejado: o volume de vendas cresceu 7,1% em julho na comparação com igual mês do ano anterior e a receita obtida pelo comércio foi 10,3% maior em igual período. No ano, as vendas cresceram 8,8% e a receita foi 11,8% maior. Na comparação com o mês de maio, quando as medidas foram anunciadas, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, linha branca e móveis, o comércio varejista cresceu 1,4% no volume das vendas, pela segunda consecutiva, e a receita cresceu 1,7%, pelo quinto mês consecutivo.
De acordo com a pesquisa do IBGE, todas dez atividades do comércio apresentaram aumento no volume de vendas na comparação entre julho deste ano e julho do ano passado. A atividade veículos e motos, partes e peças teve crescimento de 16,4%, exatamente por causa da redução do IPI. O setor de móveis e eletrodomésticos, que também teve redução do imposto, cresceu 12,5%. As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceram 11,3%.
A venda de combustíveis e lubrificantes que é crescente desde 2000 até agora – a demanda cresceu 49% nesse período conforme relatou a presidenta da Petrobras, Graça Foster, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na terça-feira (18/09) -, teve crescimento entre julho do ano passado até julho deste ano de 7,3%. As vendas de material de construção cresceram 5,5%, de tecido, vestuário e calçados, 5,5 % e as vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo subiram 5,5%.
Desempenho
As vendas do comércio em todos os 26 estados da federação mais o Distrito Federal registraram crescimento na comparação de julho deste ano com julho de 2011. O destaque ficou para o comércio varejista de Roraima que subiu 28,8%. O Acre teve bom desempenho também, 17,6%; o Amapá, 17,5%; o Mato Grosso do Sul, 15% e o Maranhão 12%.
Marcello Antunes
Confira a pesquisa do IBGE