IBGE: PIB cresce 2,4% no acumulado do ano

IBGE: PIB cresce 2,4% no acumulado do ano

“Esse percentual confirma que a economia
brasileira está superando as adversidades
econômicas que o mundo enfrenta”

O PIB, que é a soma de toda a riqueza produzida por um país, apresentou um ligeiro recuo no terceiro trimestre deste ano, de 0,5%, mas esse resultado não foi suficiente para minimizar o crescimento acumulado de janeiro a setembro que ficou em 2,4%. “Comparado ao desempenho de outras nações, desenvolvidas e em desenvolvimento, e ainda países da Zona do Euro, esse percentual confirma que a economia brasileira está superando as adversidades econômicas que o mundo enfrenta”, disse o líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, Wellington Dias. “O detalhe que chama atenção e é extremamente positivo e diz respeito à taxa do investimento, que ficou em 19,1% no terceiro trimestre ante 18,7% da taxa verificada em relação ao terceiro trimestre de 2012”, acrescentou. 

Em que pese a chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FCBF) ter recuado 2,2% no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, a alta foi de 7,3%; de 3,7% no acumulado em quatro trimestres em relação aos quatro trimestres anteriores e de 6,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2013. A FBCF reflete a expansão da produção interna de bens de capital. As indústrias deste segmento produzem máquinas e equipamentos que serão adquiridas por outras fábricas e os produtos finais tanto poderão ser consumidos no mercado interno quanto no externo.

No caso do recuo de 0,5% do PIB total no terceiro trimestre deste ano, a influência, direta e pontual, veio do setor do agronegócio, cuja queda foi de 3,5% em relação ao trimestre anterior. Houve um recuo de 1,% na comparação com o terceiro trimestre de 2012, mas o desempenho negativo para por aí. Quando comparado com o acumulado nos quatro últimos trimestres imediatamente anteriores, a agropecuária ainda mostra musculatura de sobra, porque cresceu 5,1%. “No acumulado de janeiro a setembro, em comparação com o ano de 2012, o PIB do agronegócio cresce a taxas chinesas: 8,1%”, observou o líder.

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A indústria cresceu 0,1% em relação ao
trimestre anterior e esse desempenho mostra
que há, sim, recuperação econômica

 

A indústria cresceu 0,1% em relação ao trimestre anterior e no acumulado do ano a expansão, por mais que pareça modesta, foi de 1,2%. E esse desempenho mostra que há, sim, recuperação econômica. O PIB do setor de serviços cresceu apenas 0,1%, mas acumula alta de 2,1% neste ano, contribuindo para o conjunto da riqueza do País com R$ 709,5 bilhões de um PIB total de R$ 1,213 trilhão apenas no terceiro trimestre de 2013.

O consumo das famílias cresceu 1% no terceiro trimestre deste ano; acumula alta de 2,3% em relação ao mesmo período de 2012; de 2,8% na comparação do acumulado em quatro trimestres recentes com os quatro anteriores e um crescimento de 2,4% de janeiro a setembro deste ano.

Estratégia

Os indicadores do PIB brasileiro podem e devem ser comemorados por causa da adversidade da economia mundial, onde países desenvolvidos como os Estados Unidos e da Zona do Euro ainda enfrentam dificuldades para engatar um ritmo de recuperação sustentável. O que difere o Brasil dessas outras nações é a capacidade de seu mercado interno, onde a melhoria da renda e a oferta de crédito têm crescido de maneira responsável. Outro indicador que mostra uma situação diferente do Brasil em relação a outros países é sua reduzida taxa de desemprego, que hoje está em 5%. Esse percentual representa o que se chama de pleno emprego.

Em relação à resposta que o governo da presidenta Dilma tem dado para sustentar o crescimento e aumentar a taxa de investimento. Os leilões de concessão na área de petróleo, de rodovias e aeroportos – o de portos está no forno – confirmam a aplicação significativa de recursos que demandará novas encomendas das fábricas de bens de capital e mão-de-obra. A política de utilizar um percentual de conteúdo local produtos na área de petróleo representam alguns bilhões de reais nos próximos anos. O mesmo acontece em outras áreas. Os investimentos na área de energia também são sinônimo que as fábricas poderão manter o funcionamento em ritmo acelerado, porque há energia para atender e acompanhar o crescimento econômico do País.

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Marcello Antunes

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