Desaprovação do governo golpista é alta em todas as áreas de atuaçãoA mais recente pesquisa de avaliação do governo Michel Temer (PMDB) mostra que os brasileiros não estão nada satisfeitos com a gestão golpista. Aliás, aumentou o número de brasileiros que consideram o trabalho de Temer pior que o da presidenta eleita Dilma Rousseff: o índice subiu de 25%, em junho, para 31% em setembro, de acordo com a pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta terça-feira (4).
Segundo o levantamento, o maior percentual dos que consideram o governo Temer pior está justamente entre os mais pobres, com renda familiar de até um salário mínimo, além dos residentes da região Nordeste.
De maneira inversa, entre os que consideram o governo Temer melhor que o de Dilma – eram 23% em junho e, agora, passou para 24%, estão principalmente os com renda superior a cinco salários mínimos e os que residem na região Sul.
Já os que consideram a gestão do peemedebista igual a de Dilma caiu de 44% para 38%.
Aumenta desconfiança em Temer
Outro índice que aumentou foi o dos que não confiam em Michel Temer, subindo de 66% em junho para 68% em setembro. Em contrapartida caiu o índice dos que confiam no vice de Dilma: de 27% para 26%, no mesmo período.
Os que desaprovam a maneira de governar de Temer também aumentou e, agora, o índice é de 55% em setembro – era de 53% em junho.
Desaprovação em todas as áreas
A desaprovação se estende por todas as áreas do governo Temer avaliadas pela pesquisa. Os maiores índices de desaprovação (77%) são nas áreas de “Taxas de juros” e “Impostos”.
Nas demais áreas, a desaprovação é de 72% em “Saúde”, 70% em “Segurança pública”, 67% em “Combate ao desemprego”, 64% em “Combate à inflação” e “Combate à fome e à pobreza”, 62% em “Educação” e 56% em “Meio ambiente”.
Reprovação maior entre os jovens
A reprovação do governo Temer se manteve estável em setembro em relação a junho, ficando em 39%. O índice dos que aprovam o governo ficou em 14% em setembro (foi de 13% em junho).
Jovens de 16 a 24 anos de idade registram a maior piora na avaliação do governo Temer. Nessa faixa etária, o percentual que avalia o governo como ruim ou péssimo subiu de 33% para 38%.
As melhores avaliações de Temer foram dadas pelos entrevistados com renda familiar acima de cinco salários mínimos (20% consideram o governo ótimo ou bom), apesar de ainda ter um índice maior de rejeição – 33% consideram o governo ruim ou péssimo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 25 de setembro e ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios.
Carlos Mota
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