Inflação cai em abril: IPCA fica em 0,67%

Inflação cai em abril: IPCA fica em 0,67%

Pesquisa indica tendência de queda do índice para os próximos meses devido à redução dos efeitos sazonais

 

Queda da inflação no mês de abril mantém índice,
no período de doze meses, em 6,28%, dentro
da meta

A oposição e a torcida do contrária tomaram um gol contra hoje. A inflação de abril caiu 0,25 ponto percentual e ficou em 0,67%, ante o índice de 0,92% apurado em março. No acumulado deste ano, a inflação está em 2,86% e, em doze meses, em 6,28%. Portanto, dentro da meta de 6,5%.

Com o resultado divulgado nesta sexta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou a desaceleração dos preços dos alimentos e bebidas. Em março, esse grupo ficou em 1,92% e caiu para 1,19% em abril. O grupo Transporte, que mostrou 1,38% em março, caiu para 0,32% em abril. A tendência é a de que nos próximos meses e a redução de efeitos sazonais contribuam para a inflação cair mais.

Em abril, o grupo habitação ficou em 0,87% ante 0,33% de março. Mas o impacto na composição final do IPCA foi de 0,12% – alimentação foi de 0,30%. O grupo artigos de residência havia ficado em 0,38% em março caiu para 0,20% em abril; vestuário subiu de 0,31% para 0,47%; saúde e cuidados pessoais subiu de 0,43% ara 1,01%; despesas pessoais caiu de 0,79% para 0,31% e educação caiu de 0,53% para 0,3%. O grupo comunicação, que apontou deflação de 1,26% em março, fechou abril com inflação de 0,02%.

Tomate
Em março a pesquisa de preços indicou que o tomate, por conta de efeitos negativos que influíram negativamente na colheita, teve seu preço elevado em até 32,85%. Porém, em abril, os preços recuaram 1,94%. No ano, o preço do tomate subiu 29,17%, mas, em relação aos últimos doze meses, houve queda de 18,47%. 

Eletricidade
O IBGE apontou que a elevação da inflação nesse grupo habitação, de 0,33% em março para 0,87%, sofreu influência do aumento da energia elétrica, já que a alta de 1,62% foi ocasionada pelos reajustes nas contas de luz verificadas nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte. Nessa região, o aumento foi de 14,24% – é bom lembrar que a operadora, a Cemig, havia solicitado um reajuste de mais de 30% para a agência reguladora, que não permitiu um aumento abusivo.

O IPCA se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e a pesquisa abrange dez regiões metropolitanas. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), cuja variação em abril ficou em 0,78% ante 0,82% em março, se refere às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos.

Marcello Antunes

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