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Inflação de janeiro foi menor para famílias de baixa renda

Desaceleração da inflação foi registrada em todas as faixas de renda, com destaque para a redução nos preços de itens essenciais para famílias de baixa renda, como energia elétrica, que caiu 14,2%

Roberta Aline/MDS

Inflação de janeiro foi menor para famílias de baixa renda

Os domicílios de renda muito baixa registraram a menor alta inflacionária em 12 meses, de 4%

Um respiro para o bolso dos brasileiros: a inflação desacelerou em janeiro de 2025 para todas as faixas de renda, conforme aponta o mais recente Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta terça-feira (18/2). O levantamento mostra que a política econômica do governo Lula tem surtido efeito, especialmente na contenção de despesas básicas para as famílias de menor poder aquisitivo.

O estudo do Ipea detalha que a variação acumulada em doze meses demonstra um quadro de menor pressão inflacionária para os mais vulneráveis. Os domicílios de renda muito baixa registraram a menor alta inflacionária (4%), enquanto as famílias de renda alta tiveram a taxa mais elevada (5%).

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Ainda que o impacto da alta dos alimentos seja mais sensível nas faixas de renda mais baixas, dado o maior percentual de gasto com produtos dessa natureza no orçamento dessas famílias, o mês de janeiro trouxe um alívio importante no grupo habitação. A deflação de -14,2% nas tarifas de energia elétrica, por exemplo, gerou um impacto positivo para todas as classes, contribuindo para a melhora geral do resultado da inflação no primeiro mês do ano.

De acordo com o Ipea, a inflação do segmento de renda muito baixa recuou de 0,48% em dezembro para -0,17% em janeiro. Em contrapartida, a taxa apontada no segmento de renda alta manteve-se praticamente estável, passando de 0,55% em dezembro para 0,54% em janeiro.

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A comparação com janeiro de 2024 revela que, à exceção da inflação das faixas de renda alta, que apontou uma taxa significantemente maior, todas as demais classes de renda registraram uma descompressão inflacionária em janeiro de 2025. Esse cenário, segundo o Ipea, reflete, em grande medida, o desempenho do grupo habitação.

Para a faixa de renda alta, o aumento da inflação corrente decorre da aceleração dos preços das passagens aéreas e dos combustíveis, com altas de 10,4% e 0,75%, respectivamente, em janeiro deste ano, ante quedas de 15,2% e 0,39% em janeiro do ano anterior.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda oferece um panorama detalhado sobre o comportamento dos preços no país, permitindo uma análise mais precisa dos impactos da inflação sobre diferentes grupos da população e subsidiando a formulação de políticas públicas mais eficientes e direcionadas.

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