Guido Mantega fez duas constatações positivas sobre a economia para o consumidor brasileiro.
Durante o anúncio das novas medidas para agilizar as compras governamentais, estimular os investimentos e aquecer a economia ante a crise mundial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitou para fazer duas constatações positivas para o brasileiro: a queda dos juros já está chegando aos consumidores e a inflação caiu mais.
Dados da equipe econômica mostram uma variação menor do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, podendo ficar abaixo do índice verificado em maio de 0,36%. Para Mantega, a combinação crescimento com o combate à inflação está no caminho certo, até porque esses dados projetam que a inflação converge para o centro da meta, ou seja, 4,5% podendo ficar 2 pontos acima ou abaixo.
Em relação aos juros, a redução para 8,5% ao ano da Taxa Selic, que serve de parâmetro para a economia, já surte como efeito o estreitamento do chamado spread bancário – diferença entre a taxa de captação, quando a pessoa faz um investimento e a taxa de juro de quando essa pessoa faz um empréstimo nos bancos. Segundo Mantega, os benefícios dessa diferença no spread resultaram também no aumento de crédito no mercado como um todo.
“A queda da Taxa Selic começa a surtir efeito para os tomadores finais de crédito. Em menos de um mês os juros cobrados de pessoas físicas caíram de 45% para 39%. Para pessoas jurídicas, houve uma queda de 32% para 25% nos últimos dois meses”, disse Mantega.
Ele acrescentou que nota-se no mercado não apenas juros mais baixos, mas crédito com prazos mais longos de pagamento. “São mudanças importantes porque os juros menores estimulam a produção e reduzem o interesse de manter o dinheiro em aplicações financeiras. Com isso caminhamos para um forte estímulo à produção”, disse.
O ministro também anunciou a redução da Taxa Básica de Juros de Longo Prazo (TJLP), que caiu de 6% para 5,5% ao ano. “Toda a composição de juros no País vinha sendo reduzida e a TJLP, da mesma forma, teria que acompanhar a queda”, disse ele, acrescentando que “isso sinaliza que a taxa de longo prazo será cada vez menor no País. Os próximos empréstimos do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] estarão mais baratos e as empresas vão pagar menos porque os juros estavam baseados na TJLP”, explicou.
Com agências onlines