Inflação oficial desacelera pelo segundo mês seguido, diz IBGE

A perspectiva de baixa inflação favorece a queda da taxa básica de juros. O Copom acelerou o passo e reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual em março, para 9,75% ao ano, no quinto corte consecutivo desde agosto.

 

 

 

 A inflação oficial desacelerou em março, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta

 

quinta-feira (05/04). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,21%. Em fevereiro, a alta foi

 

de 0,45%.

 

No acumulado em um ano, o índice acumula alta de 5,24%. A taxa foi a menor desde outubro de 2010, quando atingiu 5,20%.

 

Os preços do grupo educação foram os principais responsáveis pela desaceleração dos preços em março. Com exceção dos grupos alimentação e transportes, todas as áreas pesquisadas apresentaram resultados inferiores aos meses anteriores.

 

A previsão do mercado é que a inflação encerre 2012 em 5,27%, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (2).

 

O centro da meta de inflação do governo é de 4,5% em 2012, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Sendo assim, o mínimo é de 2,5% e o máximo é de 6,5%.

 

A estimativa atual do Banco Central é que a inflação seja de 4,4% neste ano, segundo o relatório trimestral de inflação divulgado em março.

 

A perspectiva de baixa inflação favorece a queda da taxa básica de juros. Quando o Banco Central considera que há risco de inflação, ele eleva os juros. Assim, as prestações e os empréstimos ficam mais caros e as pessoas consomem menos. Isso ajuda a reduzir a inflação.

 

Quando a economia fica mais fraca e as pessoas gastam menos, o BC faz o contrário, reduzindo os juros e o custo dos empréstimos, para estimular as compras.

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acelerou o passo e reduziu a Selic em 0,75 ponto percentual em março, para 9,75% ao ano, no quinto corte consecutivo desde agosto.

 

Em 2011, o indicador fechou com alta de 6,5% no acumulado do ano, no limite da meta de inflação do governo. No ano passado, a meta era a mesma deste ano: 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos (podendo ficar entre 2,5% e 6,5%).

 

O esforço do governo neste ano tem sido para estimular a economia. Nesta terça-feira (03/04), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou novas medidas tributárias para estimular o crescimento da indústria no país, como cortes de tributos e redução de gastos com folha de pagamentos.

 

A produção industrial brasileira teve alta de 1,3% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça (3). É o melhor resultado nesse tipo de comparação desde fevereiro de 2011.

 

Do UOL com informação de Reuters e Valor

 

 

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