Inflação para famílias de baixa renda cai e fica em 0,59% em abril

A inflação dos alimentos caiu de 1,28% para 0,98% no período, puxada principalmente pela deflação de 2,08% dos preços das aves e dos ovos em abril.

Inflação para famílias de baixa renda cai e fica em 0,59% em abril

A inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) da Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou em 0,59% em abril, taxa inferior ao 0,75% do mês anterior. O índice é superior, entretanto, ao 0,52% registrado em abril pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda.

A queda do IPC-C1 de março para abril foi provocada
pela redução da taxa de cinco das oito classes de
despesa analisadas

A queda do IPC-C1 de março para abril foi provocada pela redução da taxa de cinco das oito classes de despesa analisadas. A inflação dos alimentos, por exemplo, caiu de 1,28% para 0,98% no período, puxada principalmente pela deflação (queda de preços) de 2,08% dos preços das aves e dos ovos em abril.

Outra classe de despesa com inflação menor foi habitação, cuja alta de preços passou de 0,76% em março para 0,34% em abril. O comportamento foi puxado por itens como tarifa de eletricidade residencial, que teve deflação de 0,58% no mês.

Três grupos de despesa passaram de uma inflação em março para uma deflação no mês seguinte: transportes (de 0,21% para -0,06%), comunicação (de 0,31% para -0,78%) e educação, leitura e recreação (de 0,42% para -0,47%).

Por outro lado, três classes de despesa tiveram aumento da taxa em abril. O índice do grupo saúde e cuidados pessoais passou de 0,36% em março para 1,63% em abril, influenciado pela alta dos preços dos remédios, de 2,75% no mês.

A taxa de inflação de vestuário passou de 0,72% para 0,83%, enquanto o índice de despesas diversas subiu de 0,18% para 0,21%. O IPC-C1 acumula taxas de 2,51% no ano e de 7,16% nos últimos 12 meses.

IPC-S recua em 4 capitais
Já o índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), também calculado pela FGV, recuou em quatro das sete capitais pesquisadas na primeira quadrissemana de maio em relação à última de abril, registrando variação de 0,45% na primeira prévia do mês ante 0,52% na quadrissemana imediatamente anterior.

Por região, o IPC-S recuou no Rio de Janeiro (de 0,65% para 0,51%), em Porto Alegre (de 0,47% para 0,35%), em Salvador (de 0,65% para 0,44%) e em São Paulo (de 0,41% para 0,36%). O índice registrou variação positiva em Brasília (de 0,41% para 0,44%), Belo Horizonte (de 0,69% para 0,70%) e no Recife (de 0,45% para 0,55%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é usado como referência para avaliar o poder de compra e é apurado por meio da medição da variação de preços de um conjunto fixo de bens e serviços componentes de despesas habituais de famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais. A pesquisa é feita em sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília). São consideradas as despesas com Alimentação, Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Transportes e Despesas Diversas.

Além do IPC, são apurados índices específicos, como o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede o custo de vida das compostas majoritariamente por pessoas com mais de 60 anos de idade, e o Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1). O IPC-S (semanal) é medido todos os dias 07, 15, 22 e 31e leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento.

 

Com informações da Fundação Getúlio Vargas e agências online

To top