O governo Bolsonaro acaba de conquistar mais um recorde negativo para o Brasil: entre janeiro a outubro de 2019, o investimento na construção e na recuperação de rodovias atingiu o menor patamar para esse período desde 2014.
A realidade desmente o discurso eufórico do presidente da República sobre o tema nas redes sociais, onde tem tuitado regularmente sobre “recuperação de construção” de rodovias federais, “trabalhos que continuam com tudo”, “obras nas rodovias com velocidade acelerada”, “trabalho forte” no setor.
O sistema de informações orçamentárias do Senado, entretanto, comprova que desde que o rolo compressor da Lava Jato foi apontado na direção das grandes empreiteiras nacionais, as obras de infraestrutura no País despencaram — levando consigo os empregos gerados por esse setor da economia e a qualidade do transporte, com impacto nos preços dos alimentos, por exemplo.
Entre janeiro e outubro de 2019, o governo Bolsonaro investiu apenas R$ 5,4 bilhões em obras relativas ao transporte rodoviário.
É o patamar mais baixo desde 2014, quando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) implementado pelos governos petistas investiu R$ R$ 11,10 bilhões em transporte rodoviário. Naquele ano, a taxa de desemprego no Brasil foi de 4,6% contra os 12,5% de 2019.
Entre janeiro e julho de 2019, havia apenas 228 contratos de obras rodoviárias em execução no Brasil, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “No mesmo período em 2011, primeiro ano do governo Dilma, eram 1.060 contratos em execução — quase cinco vezes mais. De janeiro a julho de 2003, início do primeiro governo Lula, 511 contratos estavam sendo executados, dentre obras de construção e manutenção de estradas”, registrou o jornal Folha de S. Paulo.
Com informações da Folha de S. Paulo.