A energia eólica vive agora nova etapa de competitividade no país, com previsão de investimentos de mais R$ 40 bilhões até 2020. Essa nova fase, iniciada em 2009, totaliza a contratação de 6,7 gigawatts (GW) de potência, ao preço de R$ 100 por megawatt/hora (MWh).
Os primeiros investimentos em energia eólica no país foram feitos em 2004, com subsídios do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). O objetivo era trazer novas tecnologias e formas renováveis de produção de energia, entre elas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), biomassa e eólica.
A eólica é a segunda fonte mais competitiva no país. “Hoje, ela só não é mais barata que as grandes hidrelétricas”, afirma a presidenta executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo. Questões de tecnologia, mercado e financiamento serão debatidos pelo setor, a partir desta quarta-feira (29/08), no Rio de Janeiro, durante o 3º Brazil WindPower. É o maior evento da indústria eólica da América Latina e se estenderá até o próximo dia 31.
O investimento feito pela indústria eólica em todos os leilões realizados no Brasil, entre 2004 e 2011, alcançou R$ 25 bilhões. O potencial eólico no país soma 300 GW e está concentrado, basicamente, no Nordeste e no Sul, com destaque para os estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul, disse Elbia. O número foi revisto este ano, com base na nova tecnologia implantada. O primeiro levantamento, realizado em 2001, identificou potencial para geração eólica da ordem de 143 GW.
Em junho deste ano, o indústria eólica completou 2 GW de capacidade instalada para gerar energia, distribuídos por 71 parques. Até o fim de
“O cenário da eólica é bastante favorável em termos de perspectivas futuras porque, além de inserir essa fonte na matriz, nós trouxemos a cadeia produtiva, de suprimentos, como um todo”, frisou. Como se trata de uma fonte intensiva em capital e tecnologia, o número de fabricantes de equipamentos no país passou de dois, em 2008, para 11, no ano passado.
Questões tecnológicas explicam a grande competitividade apresentada pela fonte eólica, disse Elbia. As torres para produção de energia a partir dos ventos, que tinham
Agência Brasil