O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,42% em outubro, 0,11 ponto percentual abaixo do 0,53% apurados em setembro. Em outubro de 2010, a taxa havia apresentado aumento de 0,62%.
Com a alta, o indicador acumula avanço de 5,48% no ano, contra 4,17% de igual período do ano anterior. No acumulado em 12 meses encerrados em outubro, o IPCA-15 ficou em 7,12%, abaixo dos 7,33% apurados nos 12 meses imediatamente anteriores.
O recuo confirma as previsões apresentadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
A desaceleração da mediação atual em relação a setembro, segundo o IBGE, foi ocasionada principalmente pelos grupos alimentação e bebidas, que passou de 0,72% em setembro para 0,52% em outubro, e vestuário, que foi de alta de 1,00% para avanço de 0,38% em igual intervalo. Os não alimentícios passaram de 0,47% em setembro para 0,39% em outubro
Alimentos importantes no consumo, apesar de continuarem em alta, reduziram o ritmo de crescimento de preços, a exemplo do leite pasteurizado (de 2,64% em setembro para 1,43% em outubro), do frango (de 2,51% para 0,86%), das frutas (de 3,70% para 0,84%) e carnes (de 1,79% para 0,55%).
Os salários dos empregados domésticos, que passaram de um crescimento de 0,99% em setembro para 0,10% em outubro, também contribuíram para conter o índice do mês. Para viagens aéreas em outubro, os voos disponíveis subiram menos, passando, em média, dos 23,40% de setembro para 14,23% em outubro. No grupo transportes, que foi de alta de 0,70% em setembro para avanço de 0,57% em outubro, destacaram-se o etanol, que passou de aumento de 1,95% para 1,17% neste intervalo, e a gasolina (de 0,65% para 0,11%), com desaceleração na taxa.
Na atual leitura apresentaram aumentos maiores do que os registrados no mês anterior os grupos habitação, que foi de 0,49% em setembro para 0,85%, sob influência da taxa de água e esgoto (de 0,89% para 1,73%), e saúde e cuidados pessoais, que passou de 0,40% para 0,47%.
Os preços foram coletados de 14 de setembro a 13 de outubro e comparados com aqueles vigentes de 13 de agosto a 13 de setembro de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.