O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede a inflação considerada oficial no Brasil, apresentou alta, em abril passado, de 0,64%, com influência, sobretudo, do aumento dos preços dos cigarros, das diárias dos hotéis, dos salários dos empregados domésticos e das tarifas bancárias. O indicador de abril é três vezes maior do que o de março (0,21%), mas não deteve a tendência de queda da inflação acumulada em um ano dos últimos sete meses. Para se ter uma ideia, em abril do ano passado a inflação dos quatro primeiros meses alcançava 3,23%, contra 1,87% do acumulado no mesmo período deste ano. Considerando os últimos doze meses encerrados em abril, a tendência de baixa se confirma, apontando 5,10% – o menor índice acumulado em ano desde setembro de 2010 (4,70%).
O IPCA é considerado o principal indicador de inflação do Brasil, porque é utilizado para avaliação do sistema de metas inflacionárias adotado pelo Banco Central. Para este ano, a meta é de 4,5% de inflação no ano, situando os atuais 5,10% apurados até abril em 0.10 ponto percentual acima do nível pretendido. O excesso sobre a meta tende a ser reduzido nos próximos meses, pois a curva inflacionária manteve-se descendente, mesmo com o aumento da inflação de março com relação a março. Tampouco se espera, para os próximos meses, aumentos de preço expressivos, como os 15,60% dos cigarros – o principal impacto sobre o IPCA de abril. De acordo com o IBGE, apenas os cigarros contribuíram com 0.12 ponto percentual na formação geral do IPCA de abril.