O jornal Valor Econômico prima, na comparação com os outros grandes jornais brasileiros, pela veracidade de suas informações. Também é o jornal que dá menos guarida aos economistas e analistas que, até bem pouco tempo, sem nenhum tipo de oposição e chamado ao bom senso, ocupavam farto espaço nos grandes jornais, espalhando pessimismo com suas tenebrosas previsões sobre a economia brasileira.
Aconteceu, porém, que nenhum dos prognósticos feitos por esses porta-vozes do derrotismo se cumpriu. Pelo contrário: todos os indicadores que eles afiançaram que estariam no vermelho, caminham para fechar o trimestre com balanço positivo.
Nesta segunda-feira (24), o Valor mostra mais uma vez porque é digno de crédito. Enquanto todos os demais evitam consolidar os dados econômicos já divulgados, posto que eles contradizem frontalmente as previsões de seus colunistas e editorialistas, o jornal traz a manchete principal Desempenho da economia surpreende no início do ano, com a reunião e a consolidação do dos dados positivos do PIB, renda, emprego, produção industrial, vendas do varejo e de movimentação de carga. Esses indicadores mostram que a economia brasileira, ao contrário da pregação dos pessimistas, abriu o ano de 2014 muito bem. Aliás, tão bem que surpreendeu os catastrofistas, o mercado mal-humorado e os economistas que profetizam o caos. E, principalmente, a imprensa, que insiste em noticiar teorias, ao invés de fatos.
Assim é que, de acordo com o que Valor informa, enquanto a oposição segue cegamente a mídia e repete falsos alarmas de queda nos níveis de emprego, de novo, o que se tem é a constatação de que o Brasil vive um momento de pleno emprego, já que a criação de empregos formais nos primeiros dois meses do ano foi nada menos que 77% maior que no primeiro bimestre de 2013 e a renda do trabalhador vem crescendo substancialmente mês a mês, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) mostra que o rendimento médio real de janeiro foi 3,6% maior que a registrada no mesmo período do ano passado. “Essa aceleração do ganho real foi acompanhada por um aumento mais forte nas contratações com carteira assinada do primeiro bimestre, reforçando a massa salarial e, por consequência, dando um fôlego extra ao consumo”, analisa a reportagem.
O aumento da renda média do brasileiro é outro dado destacado, pois sua elevação leva à alta do consumo que, por sua vez, puxa o crescimento da produção industrial, conforme já indicam os dados da produção industrial de fevereiro.
Ainda de acordo com a reportagem, a inflação de alimentos foi menor que em 2013, o que garantiu uma folga para o consumidor. Essa folga também se refletiu em aumento de consumo. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE mostrou alta de 0,4% sobre dezembro e 6,2% sobre janeiro do ano passado, percentual próximo ao 6,8% indicado pela pesquisa do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) para o mesmo mês. Para fevereiro, o Índice Antecedente de Vendas (IAV) do IDV aponta um crescimento de 7,5% nas vendas das 48 varejistas associadas ao instituto, enquanto a estimativa das mesmas empresas para março é de alta de 4%.
Janeiro espetacular
O jornal conta que a presidente do Magazine Luiza, Luiza Trajano, teria dito, em evento na semana passada que, para o conjunto do varejo, “janeiro foi espetacular, fevereiro sem Carnaval foi muito bom e março continua bom”.
A Serasa Experian, um dos indicadores de mercado, confirma o que a empresária disse, com números que mostram aumento de 6% no movimento nas lojas no primeiro bimestre do ano.
Um dos índices mais confiáveis para se atestar a saúde da economia de um país é a produção de papel ondulado. É ele que embala a produção industrial necessária para atender à demanda por produtos. Segundo dados obtidos pelo jornal, houve alta de 3,3% da expedição desse tipo de papel, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Outros dados da indústria também mostram o fôlego renovado da economia brasileira. A produção de automóveis subiu 15,1%.
O resumo do momento econômico é informação de que os economistas já refazem as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) e estão recalculando o índice.
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