Estamos próximos do Dia do Trabalhador, data de reivindicações e afirmação de direitos. No próximo 1° de Maio, as centrais sindicais realizarão, de forma unificada, manifestações em todo o Brasil com o tema “defesa do emprego, direitos, democracia e pela vida”. Importante mobilização diante de uma realidade tão cruel, com a volta da fome, da miséria, da inflação e do desemprego.
A situação atual contrasta com outro momento da história do país. Há oito anos, no governo do PT, o Brasil saiu do Mapa da Fome e atingiu o pleno emprego, com a menor taxa de desemprego já registrada: 4,8%. Conquistas de um trabalho iniciado em 2003, quando Lula foi eleito e promoveu a inclusão de pessoas pobres no orçamento, com uma política de desenvolvimento que proporcionou oportunidades e criou programas sociais para enfrentar a miséria.
Desde o impeachment sem crime, como já comprovado, mergulhamos em retrocessos. A reforma trabalhista, propagandeada como a chave para gerar empregos, teve efeitos catastróficos para a classe trabalhadora. Além dos 12 milhões de desempregados, a informalidade explodiu. Hoje, são mais de 42 milhões de trabalhadores sem vínculos ou garantias. Motoristas e entregadores de aplicativos são os maiores exemplos. Pais e mães de família cumprem jornadas exaustivas e sem garantias. Caso adoeçam, se machuquem ou tenham algum contratempo, não trabalham e, portanto, não ganham.
Para piorar, a inflação descontrolada afeta diretamente no preço dos alimentos, combustíveis e gás de cozinha, o que gera uma combinação tenebrosa, especialmente para os mais pobres: desemprego, precarização e fome. Uma equação perversa que fez o Brasil voltar ao Mapa da Fome e registrar, em 2020, 55,2% da população convivendo com a insegurança alimentar, segundo a Rede Penssan.
Neste ano eleitoral, o compromisso com a geração de empregos, a efetivação de direitos e a volta da prosperidade deve unificar todos que se preocupam com o presente e o futuro do Brasil. Já sabemos o caminho que deu certo e o que deu errado. Que a sabedoria popular e a liberdade democrática nos conduzam para dias melhores, de esperança, trabalho e dignidade para todas as famílias brasileiras.
Artigo originalmente publicado no jornal O Povo