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Eleito senador em 2010 pelo Partido dos Trabalhadores, Jorge Viana é engenheiro florestal formado pela UnB (Universidade de Brasília). É um dos mais atuantes parlamentares do Senado, onde ocupou diversos cargos relevantes como a vice-presidência da Casa.
Nascido em Rio Branco (AC), Jorge Ney Viana Macedo Neves já foi prefeito da capital (1993-1996) e governador do Acre por dois mandatos (1998/2002 e 2003/2010). Jorge Viana iniciou sua militância nos anos 1980, assessorando os movimentos de trabalhadores rurais e seringueiros. Ele contribuiu com a formação da Fundação de Tecnologia do Acre, instituição responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de uso de produtos florestais e apoio a projetos sociais e econômicos para as populações tradicionais. Nesta época, ajudou o líder seringueiro Chico Mendes a sistematizar a ideia de reserva extrativista, com a introdução da prática do manejo florestal sustentável. Depois, em 1986, contribuiu para a última campanha eleitoral de Mendes.
No final da década de 1980, com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, junto com Marina Silva, Binho Marques, Tião Viana e outras lideranças, Jorge Viana organizou no Partido dos Trabalhadores uma nova estratégia de luta partidária que mudou a história política do Acre. Estreou como candidato em 1990, disputando o cargo de governador do Estado pelo PT. Foi a primeira vez que um candidato do partido disputou o segundo turno de uma eleição majoritária no País.
Em 1991, por indicação de Lula, participou do primeiro curso de planejamento estratégico situacional, organizado pelo Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico e Social (Ildes), que representava a Fundação alemã Friedrich Ebert, atual FES-Brasil, uma das mais conceituadas organizações na área de planejamento estratégico. O curso foi ministrado por Carlos Matus, ex-ministro de Economia do Governo Allende, no Chile.
No mesmo ano, ainda com apoio de Lula e a convite de Carlos Matus, Viana fez curso de alta direção e planejamento estratégico e, a partir de então, participou de vários cursos de planejamento, uma ferramenta de gestão que utilizou ao longo de sua vida administrativa e política.
Dois anos depois, em 1992, tornou-se prefeito de Rio Branco. Sua administração recebeu prêmios de gestão pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Fundação Ford. No final de sua administração, obteve 75% de ótimo e bom, de acordo com o IBOPE, e obteve uma das melhores avaliações entre prefeitos de capitais.
Em 1998 foi eleito, ainda no primeiro turno, governador do Acre. Com o apoio do então presidente Lula, coordenou a implantação de um programa de desenvolvimento baseado nos ideais de Chico Mendes, ou seja, com utilização racional e sustentável da floresta, visando uma economia verde, de baixo carbono e alta inclusão social. Era o Governo da Floresta, onde nasceu o conceito de Florestania, a cidadania dos povos da floresta.
A população acreana renovou, em 2002, o mandato de Viana até 2006, com o maior percentual de votos do Brasil. A gestão de oito anos se destacou pela reestruturação do Estado e moralização das instituições públicas. No seu governo, conseguiu combater e vencer o crime organizado, juntando a força do Estado com o Ministério da Justiça, Justiça Federal, Ministério Público Federal, Polícia Federal, Justiça Estadual, Ministério Público Estadual, além de contar com a imprescindível solidariedade da sociedade e da imprensa.
Sua administração iniciou a consolidação da infraestrutura do Estado, interligando os municípios acreanos. Teve atuação decisiva na integração do Brasil com Bolívia e Peru, resultando na construção da ligação rodoviária do Brasil até o Pacífico, na costa peruana. Fez ampla reforma no sistema de ensino. A educação pública do Acre saiu das últimas colocações nas avaliações do Ministério da Educação para ficar entre as primeiras do País. Para isso, ofereceu ensino superior para todos os professores, elevou os salários da categoria para um dos melhores do Brasil e levou educação básica aos lugares mais isolados do Acre.
Em 1999, recebeu o prêmio de Líder para o Novo Milênio da Revista Times e TV CNN, por sua destacada atuação na área de meio ambiente. Pelo mesmo motivo, a organização World Wildlife Fund (WWF) concedeu-lhe o prêmio Gift to the Earth, em 2003.
Jorge Viana é membro da Ordem do Rio Branco, do Itamaraty, com o Grau de Grã-Cruz. Foi também distinguido com a mais alta condecoração da Bolívia e Peru. Recebeu ainda as mais elevadas distinções das Forças Armadas do Brasil: a Ordem do Mérito Militar do Exército, a Ordem do Mérito Naval da Marinha e a Ordem do Mérito da Aeronáutica. Recebeu da Justiça acreana a Medalha do Mérito Judiciário, entre outras homenagens e condecorações.
Entre 2007 e 2010, foi presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Acre. Também atuou na iniciativa privada participando de conselhos de empresas, sempre na área de gestão estratégica e meio-ambiente, e presidiu o Conselho de Administração da Helibrás.
Em 2010, foi eleito senador da República pelo PT para o mandato 2011-2018. Em seu segundo ano de mandato, destacou-se na relatoria do Código Florestal e na defesa das questões ambientais e na presidência da Comissão Especial de Defesa Civil, que elaborou um anteprojeto para a prevenção e o enfrentamento de desastres naturais. Atualmente, integra a comissão que revisa o Código Penal.
No Senado Federal, além de ter ocupado o cargo de vice-presidente, é membro titular de diversas comissões permanentes de relevada importância, como Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão Mista de Orçamento (CMO), além da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas e Comissão de Meio Ambiente (CMMC), entre outras.
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