“Temos de dar uma adequada condução a esse desafio que é fazer contato com esses povos primitivos sem que isso implique risco de vida para eles”, observou, em pronunciamento ao plenário nessa quarta-feira (29). Nessa semana, o senador dedicou-se ao tema em Brasília.
“Parece incrível, nem dá para acreditar, mas existem populações no Planeta, na Amazônia brasileira, que nunca fizeram contato conosco; que não têm nenhuma relação com o que usamos, com o que disputamos, com este mundo que a gente acha tão imprescindível, que vai do celular à internet, a roupas, a casas. São populações primitivas que vivem na floresta”, disse, lembrando que trabalha com essa realidade desde 2001, quando governou o estado do Acre.
O senador lembrou que o país adota, desde a década de 80, uma política exemplar para lidar com essas comunidades isoladas. “Nos locais onde há alguém que ainda não fez contato conosco, mantém-se aquela pessoa protegida de longe, não se faz nenhum contato”. Segundo ele, esse é o procedimento mais correto, já que, exatamente por viverem longe das demais populações, não têm imunidade contra doenças como gripes, sarampo e outras infecções que são transmissíveis pelo contato entre as pessoas.
A comunidade indígena teria entre 300 e 500 pessoas das quais mais de 70 fizeram contato com “o povo branco” em uma região próxima a Assis Brasil. . “Talvez por pressão de traficantes do Peru, madeireiros do Peru, eles vieram mais para o lado, andando mais ainda, imagina o senador.
Viana lembrou, em seu discurso, que sua página no facebook (facebook.com/senadorjorgeviana) e no site( jorgeviana.com.br) há mais informações sobre o caso.
Giselle Chassot