As acusações contra o ex-presidente Lula pela Operação Lava Jato vêm sendo constantemente bombardeadas pela falta de provas. Um dos principais argumentos utilizados para tentar incriminar Lula é o de que ele seria dono de um apartamento no Guarujá. Na visão de procuradores da República, a OAS reformou esse imóvel para entregar a Lula como propina disfarçada. E para tentar provar este ponto de vista, eles têm ido longe demais na “forçada de barra”.
O Jornal GGN fez uma extensa reportagem sobre o assunto, a partir da análise de depoimentos gravados em vídeo pela própria força-tarefa e divulgados nesta semana na página do Estadão.
A repórter Cíntia Alves acompanhou o interrogatório de sete do total de 11 testemunhas do caso tríplex, na terça (20), e verificou que a Lava Jato não conseguiu confirmar que o imóvel 164-A do Condomínio Solaris é propriedade de Lula. No máximo, o que os investigadores arrancaram foram frases como “provavelmente sim”, “tinha esse boato”, “li nos jornais”, “é possível” ou até mesmo a pérola “não comprou, mas é o dono”.
Como no papel o tríplex está em nome da OAS Empreendimentos, a Lava Jato busca provas que sustentem a seguinte teoria: se a empresa onde Léo Pinheiro tem sociedade investiu quase R$ 1 milhão em melhorias num imóvel que já custava algo em torno de R$ 1,8 milhão, é porque tinha um bom cliente em vista ou, melhor ainda, um proprietário oculto: Lula.
Veja as pérolas na íntegra aqui.
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