José Pimentel afirma que CPI do HSBC deve ser instalada no Senado

Para Pimentel, a CPI é o melhor meio de apurar os fatos concretos e garantir a punição dos envolvidosO senador José Pimentel (PT-CE) assinou na última quinta-feira (26) o pedido de criação da CPI do HSBC. A comissão vai investigar denúncias de abertura de contas irregulares feita pela instituição financeira no exterior. A CPI foi proposta pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que conseguiu 33 assinaturas, seis além do mínimo necessário para a criação de uma comissão de inquérito.

Para Pimentel, a CPI é o melhor meio de apurar os fatos concretos e garantir a punição dos envolvidos. “As informações que temos são aquelas que circularam na imprensa. Não temos documentação sobre essas denúncias. Então, a CPI é necessária para que se possa contar com apoio do Ministério Público e da polícia federal, para a obtenção dos dados completos do caso”, ponderou.

O pedido da CPI foi lido no plenário do Senado na manhã desta sexta-feira (27/2). Conforme o requerimento, a CPI será integrada por 11 membros titulares e seis suplentes e terá 180 dias de duração. Os parlamentares têm até a meia-noite desta sexta para inclusão ou retirada de nomes.

Na justificativa do pedido de CPI, Randolfe diz se tratar de “um arrojado esquema de acobertamento da instituição financeira, operacionalizado na Suíça, que beneficiou mais de 106 mil correntistas”, de mais de 100 nacionalidades.

Fraude
Segundo noticiado pela imprensa internacional, o banco HSBC na Suíça atuou de forma fraudulenta para acobertar recursos de clientes, blindando-os das obrigações fiscais e da comprovação da origem dos recursos. Essas práticas podem indicar atividades criminosas. Mais de US$ 100 bilhões teriam sido ocultados do Fisco de mais de 100 países, inclusive do Brasil.

O escândalo, conhecido como Swissleaks, tem como fonte original um especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani. Segundo ele, entre os correntistas, estão 8.667 brasileiros, responsáveis por 6.606 contas que movimentaram, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões, que em grande parte podem ter sido ocultados do fisco brasileiro.

Assessoria do senador José Pimentel

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