Desde o dia 9 de junho de 2019, os vazamentos de conversas entre o juiz Sérgio Moro e procuradores da Operação Lava Jato publicados pelo jornalista Gleen Greenwald, do jornal The Intercept, fazem com que se somem provas e convicções que escancararam o conluio que retirou o ex-presidente da Lula da corrida eleitoral, o encarcerou sem provas e conduziu à eleição de Jair Bolsonaro (PSL).
Parte da imprensa nacional estanca a sangria que assola “o grande acordo nacional, com Supremo, com tudo”, oferecendo uma cobertura jornalística que não faz jus à gravidade da situação, corroborando com uma narrativa de normalidade sobre a troca imoral de mensagens entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Dallagnol. Internacionalmente, entretanto, os olhos se soltam para o Brasil e sua democracia em vertigem.
O ex-juiz Gherardo Colombo, integrante da operação italiana Mãos Limpas, da qual Moro já declarou ser fã, concedeu entrevistas para o site Bem Blogado e afirmou que as combinações entre o então juiz, hoje ministro da justiça, e procuradores do Ministério Público deveriam conduzir à nulidade dos processos contra Lula.