Nota desmente boatos de investigação contra Lula na Operação Lava-JatoMais uma tentativa de oposicionistas e de parte da grande imprensa de tentarem ligar Lula à Operação Lava-Jato, em curso na Polícia Federal do Paraná, caiu por terra. O próprio juiz responsável pela operação, Sérgio Moro, divulgou uma nota nesta quinta-feira (25) negando qualquer investigação em curso contra o ex-presidente.
“A fim de afastar polêmicas desnecessárias, informa-se, por oportuno, que não existe, perante este Juízo, qualquer investigação em curso relativamente a condutas do Exmo. ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva”, diz texto de Moro.
A nota foi motivada após a divulgação, na imprensa, de uma postagem no Twitter do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Ele reproduziu uma imagem de um habeas corpus preventivo, impetrado junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, pedindo para que Lula não seja preso na Lava-Jato.
Após a repercussão do caso, Caiado discursou ao plenário, nesta tarde, afirmando que o pedido havia sido feito por um advogado do PT. “O advogado que impetrou o habeas corpus preventivo é do PT. Quem tem que dar satisfação é exatamente a Justiça Federal do Paraná e o advogado do PT”, disse.
O problema é que o autor do pedido, Mauricio Ramos Thomaz, de 50 anos, sequer é advogado ou filiado ao Partido dos Trabalhadores. Quem afirma isso é o próprio Thomaz. Segundo ele, em entrevista à Folha de S.Paulo, a motivação do pedido de habeas corpus deve-se ao fato dele não concordar com injustiças contra o ex-presidente. “Qualquer possibilidade do Lula ser preso hoje é por motivo político, não porque ele tem responsabilidade ou ligação com o esquema descoberto na operação Lava Jato. Quero evitar isso”, disse ao jornal.
O pânico de uma possível candidatura de Lula para a presidência, em 2018, vem movimentando oposicionistas e parte da imprensa. Após falharem na tentativa de ligá-lo ao caso conhecido como “mensalão” – escândalo de corrupção política mediante compra de votos de parlamentares no Congresso, os ataques concentram-se agora na Operação Lava-Jato. A investigação averigua denúncias de desvios na Petrobras envolvendo, entre outros, políticos e empresários.
Carlos Mota
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