O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu 0,17% em seis de sete capitais pesquisadas na segunda medição do mês de junho. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (19/6) pela Fundação Getúlio Vargas. Com isso, novamente, o temor do aumento da inflação é cada vez mais afastado.
Em 12 meses, o índice acumula alta de 2,15%, segundo o Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre) da fundação. O mercado financeiro também reduziu pela quinta vez seguida a projeção de inflação para 2023. De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC), a taxa caiu de 5,42% para 5,12%.
Ao mesmo tempo, o Boletim Focus revisou para cima a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 pela terceira semana seguida. A projeção subiu de 1,84% para 2,14%, alinhando a visão do mercado à da equipe econômica do governo. Com isso, o mercado financeiro passou a considerar que o Banco Central irá reduzir a taxa Selic de 13,75% para 13,50% em agosto, sinalização não confirmada pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Sob forte pressão da sociedade brasileira, o Comitê de Política Monetária (Copom) irá deliberar sobre o assunto nesta terça-feira (20) e quarta-feira (21).
Na manhã desta segunda, durante o Conversa com o Presidente, Lula comemorou os resultados positivos em relação à inflação, mas cobrou do Banco Central uma explicação para a manutenção da Selic na estratosfera.
“Esse país tem que voltar a ser alegre”, afirmou o presidente. “E o povo brasileiro tem que voltar a ter esperança. Começamos a abrasileirar o preço da gasolina, a carne baixou, a inflação baixou, o arroz, o óleo. O dólar tá caindo. E os juros precisam cair, porque não tem explicação”, criticou Lula.
“O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, que já sei porque ele não baixa, [mas] ao povo brasileiro e ao Senado, que o elegeu, por que ele mantém essa taxa de juros de 13,75% em um país que está com uma inflação anual de 5%”, afirmou.