Humberto: presidenta vai receber o apoio e o abraço desse mesmo povo que nela votou em massa e que não aceita o golpe que nela está sendo dadoA presidenta Dilma Rousseff visitará Recife (PE), na próxima sexta-feira (17), capital do estado que lhe garantiu 70,2% dos votos válidos no segundo turno das eleições presidenciais de 2014. Para o senador Humberto Costa (PT-PE), será na cidade pernambucana que ganhará corpo uma virada na luta contra o golpe.
“Esse levante popular que acontece em todo o País ganhará corpo no Recife, hoje governada por forças que aderiram claramente a esse golpe e, aliás, integram o governo interino. Este ato mostrará também que haverá, sim, uma nacionalização de todas as disputas políticas e eleitorais locais que acontecerão em outubro próximo”, disse o parlamentar, em discurso ao plenário nesta terça-feira (14).
A ida de Dilma a Recife vai no sentido oposto ao movimento do presidente interino Michel Temer, que cancelou recentemente uma vista ao município. Segundo o senador, Temer desmarcou a ida a Pernambuco “com medo do povo e do que iria ouvir “.
“A presidenta vai receber o apoio e o abraço desse mesmo povo que nela votou em massa e que não aceita o golpe que nela está sendo dado. Dilma vai ouvir dos recifenses que a nossa cidade não aceita a traição e a covardia de que ela sendo vítima”, afirmou Humberto.
Momentos decisivos
O petista destaca que o País vive momentos decisivos na Comissão Especial do Impeachment e no plenário do Senado, com a proximidade do derradeiro julgamento do destino político de uma presidenta legitimamente eleita pelo voto de 54 milhões de brasileiros.
“Estamos aqui lutando para mostrar o grave erro que está se cometendo com a nossa jovem democracia e a imensa injustiça perpetrada contra a presidenta Dilma Rousseff, uma mulher honesta e digna, que não cometeu nenhum dos crimes que lhes imputam”, destacou Humberto, acrescentando que Dilma foi vítima de um “ato de política rasteira e vil” baseado na vingança e no ódio ao PT.
Segundo o parlamentar, os que lutam para restaurar a democracia, a dignidade e a legalidade estão ao lado de Dilma nessa caminhada. “Juntos, nós vamos mostrar a verdade para as páginas da História”, disse, destacando que muitos senadores que votaram pela admissibilidade do processo golpista já veem que não há razão política ou jurídica para o impedimento da presidenta.
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